Suspeito de ter participado do assassinato do jogador Daniel Freitas, encontrado morto no dia 27 de outubro em um matagal em São José dos Pinhais (PR), Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos, que é primo de Cristiana Brittes, foi preso nesta quarta-feira (7) em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, onde mora. Ele é um dos três homens que estava no carro com o empresário Edison Brittes Júnior, que confessou ter matado o atleta, e com Daniel. De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Nacional, os outros dois suspeitos teriam tido a prisão decretada, mas ainda não tinha sido cumprida até a noite desta quarta.
De acordo com informações do telejornal Boa Noite Paraná, da RPC, o suspeito foi preso em casa. A prisão é temporária e foi expedida pela 1.ª Vara Criminal de São José dos Pinhais. Silva deverá ser transferido para a cidade da Região Metropolitana de Curitiba nesta quinta-feira (8), onde tinha depoimento marcado para amanhã. Contudo, ele já teria prestado depoimento na delegacia de Foz.
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“O que podemos adiantar é que ele participou da agressão sim e é um dos três que estavam dentro do veículo. Se participou da execução, este é um assunto que a autoridade policial deve esclarecer”, disse o advogado Edson Stadler, que defende Eduardo Henrique Ribeiro Silva, na última segunda-feira (5). No entanto, ele não soube informar se Silva já conhecia ou não Daniel antes do crime.
Além de Silva e de Cristiana, estão presos também Edison Brittes Júnior, assassino confesso de Daniel, e a filha do casal, Allana Brittes.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com a defesa de Silva.
Depoimento
Edison Brittes Júnior prestou depoimento nesta quarta-feira (7). A audição durou cerca de seis horas. Na audiência, ele confirmou a versão que já havia dado anteriormente, de que matou o jovem em reação a uma tentativa de estupro contra sua esposa, Cristiane. Contudo, Brittes evitou dar detalhes sobre a morte de Daniel. De acordo com o advogado dele, Claudio Dalledone, o empresário vai aguardar os resultados dos exames de perícia para se pronunciar. No depoimento, ele confirmou que não foi ele quem arrombou a porta do quarto para entrar onde estavam o jogador e sua esposa.
Tentativa de estupro
Já o promotor Milton Sales, responsável pela acusação, descartou a versão de tentativa de estupro apresentada pela defesa da família Brittes. Para Sales, que esteve na casa da família, a distribuição dos cômodos torna impossível alguém não escutar gritos de socorro. Quarto e sala onde ocorria a festa são muito próximos.
Sales esteve acompanhando a investigação do caso nesta quarta, mas o promotor não participou dos interrogatórios realizados pelo delegado Amadeu Trevisan, que investiga o caso. Mesmo assim, ele não acredita que a versão de tentativa de estupro sustentada pelo empresário Edison Brittes Júnior, de 38 anos, seja verdadeira.
“A forma como tudo aconteceu leva a crer que Daniel foi assassinado com requintes de crueldade por outro motivo. As investigações vão apontar o que ocorreu naquela noite, mas em todos os meus anos de promotoria não me lembro de um caso em que a vítima tivesse apresentado um teor alcoólico tão elevado. Nesse estado, ele pouco teria controle sobre si mesmo”, apontou o promotor.
Entenda o caso
A polícia investiga o homicídio do jogador de futebol Daniel Freitas, que teria sido agredido na casa da família Brittes após uma festa de aniversário de 18 anos da filha de Brittes Júnior, Allana. Após o fato, ele teria sido levado de carro até um matagal, com a ajuda de três rapazes, onde seu corpo foi encontrado no dia 27 de outubro. A defesa alegou que Brittes agiu desta forma porque flagrou o jogador tentando estuprar Cristiana.
Daniel era jogador de futebol e passou por clubes como São Paulo, Botafogo, Cruzeiro e Coritiba.
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