Um major e um soldado do Corpo de Bombeiros de Curitiba foram presos na manhã desta quinta-feira (21) suspeitos de participarem de um esquema ilegal de liberação de alvarás. A informação foi confirmada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, que deu apoio aos trabalhos.
Procurado por volta do meio-dia desta sexta (22), o Corpo de Bombeiros disse que não tinha detalhes do caso.
Mas, ainda de acordo com o Gaeco, as prisões têm ligação com a “Operação Imperium”, que, em março deste ano, começou a investigar crime de corrupção policial envolvendo um major do Corpo de Bombeiros.
À época, o MP divulgou que o major se aproveitava de sua superioridade hierárquica para facilitar a aprovação de projetos de segurança contra incêndio e pânico na corporação. Esse mesmo suspeito teria familiares donos de uma empresa que prestava consultoria na área de segurança contra incêndio.
Em nota, o advogado do major, Jeffrey Chiquini, afirma que o oficial não tem envolvimento no caso e que ele sempre exerceu suas funções dentro do limite da lei. “Por exercer a função de chefe administrativo de unidade militar, buscava ter o controle do regular andamento dos projetos sob análise dos seus subordinados. E como servidor público que é, sempre exerceu suas funções em respeito à celeridade e eficiência do serviço público”, afirma o texto, que diz ainda que “retirar do oficial superior a atribuição de fiscalização e controle dos projetos em trâmite na unidade onde exercia chefia administrativa é o mesmo que exigir que fosse negligente e incompetente em suas funções”.
A defesa afirma ainda que tem colaborado com as investigações. “Confiamos na justiça paranaense e lutaremos para que a verdade prevaleça”, diz.
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