Representantes de sete centrais sindicais abriram na tarde desta terça-feira (1) ato em comemoração ao Dia do Trabalho na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegaram ao local após sete quilômetros de caminhada desde a Superintendência da Polícia Federal, onde ele está preso, no bairro Santa Cândida. Até o momento, não houve registro de tumultos e a movimentação é pacífica. Lula cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no processo do tríplex do Guarujá, a que foi condenado pela Justiça Federal.
O manifestação na Praça Santos Andrade contará com a presença, além das principais centrais sindicais do país, de movimentos sociais como MST, UNE, MTST, entre outros. Milhares de pessoas são aguardadas no local onde Lula encerrou, no fim de março, sua caravana pela Região Sul do país. Será a primeira vez desde a redemocratização que CUT, Força Sindical, CTB, NSCT, UGT, CSB e Intersindical promoverão um evento único no Dia do Trabalho.
Leia também: Manifestação de 1.º de Maio testa popularidade de Lula entre sindicatos
O dia começou com uma concentração na Avenida Paraná, próximo ao terminal de ônibus do Boa Vista, na região norte de Curitiba. Caravanas que chegaram do interior do Paraná e de outros estados se encontraram nesse local e depois caminharam por cerca de dois quilômetros até a Rua Guilherme Matter, nas imediações da sede da PF. Lá, se juntaram a outros militantes para dar “bom dia” simbólico ao ex-presidente. O clima no ato pela manhã foi bem tranquilo, sem qualquer ocorrência relevante.
No Twitter, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, estimou a presença de 3 mil pessoas nas imediações da Polícia Federal. A Polícia Militar ainda não divulgou nenhuma estimativa. Políticos como a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), o ex-ministro e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, além de deputados e outros senadores, também participam do ato. Eles discursaram em um carro de som e depois participaram de um ato ecumênico.
Leia também: Quem é o ‘menino do Lula’, cobiçado por esquerda e direita nas eleições
Por volta do meio-dia, os manifestantes começaram a se deslocar a pé ao centro de Curitiba, pela Avenida Paraná – um trajeto de sete quilômetros e meio em pouco mais de uma hora de caminhada. Outros grupos devem se deslocar de ônibus. A Polícia Militar informou que faria a escolta dos ônibus até o local da nova manifestação.
Um pequeno grupo continuará nas proximidades da Polícia Federal para manter a vigília que ocorre desde a prisão de Lula, no dia 7 de abril. Em coletiva de imprensa, os membros das centrais sindicais falaram que continuarão com a vigília até o ex-presidente ser solto. Segundo a presidente da UNE, Mariana Dias, a greve geral é uma das estratégias que são consideradas pelo movimento pró- Lula. Mas não há nada definido.
“Por enquanto, estamos focados em reforçar a vigília, trazendo pessoas de outros estados e personalidades políticas, e em manter articulações em todo o país, caso o Supremo [Tribunal Federal] coloque em votação as ADCs [ações diretas de constitucionalidade, que contestam a prisão em segunda instância] e eles consigam rapidamente se organizar para as mobilizações”, explicou Mariana.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Deixe sua opinião