Manifestantes protestam contra Temer no Centro de Curitiba

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Aproximadamente 200 pessoas protestaram em Curitiba devido ao arquivamento da denúncia oferecida contra o presidente Michel Temer (PMDB). Manifestantes se reuniram na Praça 19 de Dezembro, no Centro da capital, na noite desta sexta-feira (4), e caminharam em passeata até a Boca Maldita. O grupo passou pelo Centro Histórico no trajeto até o calçadão da Rua XV de Novembro. O ato foi organizado pelo grupo CWB Resiste e durou cerca de 2 horas.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Temer, contra a corrupção e contra os partidos políticos - tanto direita quanto de esquerda. Eles saíram Praça do Homem Nú, subiram a rua Inácio Lustosa e chegaram ao Largo da Ordem pela Trajano Reis. O caminho incluiu ainda a Rua Doutor Muricy até a Rua XV.O trânsito teve bloqueios pontuais por causa da passagem dos manifestantes.

Pouco mais de mil pessoas tinham confirmado presença no protesto nas redes sociais. Duas viaturas da PM acompanharam a movimentação na praça e escoltaram o bloco de manifestantes até o destino final.

O grupo surgiu em 2015 na esteira dos grandes movimentos sociais e já organizou dezenas de protestos nos últimos anos. Na página do evento no Facebook, o grupo informa que “é de conhecimento público que este governo (TEMER-PMDB) está envolvido em diversos esquemas de corrupção e alianças com o alto empresariado nacional e estrangeiro”. O protesto, segundo os organizadores, além do arquivamento, é contra a reforma da Previdência, a reforma trabalhista, a terceirização irrestrita e a PEC 55, que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos.

Arquivamento

A Câmara dos Deputados decidiu arquivar na quarta-feira (2) temporariamente a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB). Por 263 votos contrários, 227 a favor, 2 abstenções e 19 ausências, o Plenário não autorizou a abertura do processo, que seria entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Michel Temer (PMDB) é o primeiro presidente a ser denunciado por corrupção durante o exercício do mandato. O presidente passou a ser investigado a partir das delações premiadas da JBS. De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer cometeu crime de corrupção passiva diante da promessa de propina da empresa.