Um dos primeiros casos graves de Covid-19 em Curitiba foi do médico Jamal Munir Bark, de 59 anos. Entre março e maio, ele passou quase dois meses internado, sendo 30 dias na UTI, lutando contra a doença. Recuperado, mas ainda afastado do trabalho – na UPA do Boqueirão –, Dr. Jamal alertou para a gravidade do vírus em sua participação no boletim diário da Secretária Municipal de Saúde desta quarta-feira (29).
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“Eu fiquei na linha entre a morte e a vida. Que as pessoas tomem ciência que é uma doença grave, sistêmica. Usem máscara, álcool em gel, se cuidem. Aquelas pessoas que não precisem ir para a rua, fiquem em casa. Por própria experiência, a doença é muito grave. 85% sofrem sintomas de forma leve. Mas as pessoas que pegam o quadro crítico, como eu, é algo que não desejo para ninguém. Sofri na própria pele. Foi muito difícil”, contou o médico.
“Não fiquei com sequela neurológica. Nos primeiros dias depois que saí do hospital, eu não tinha paladar. Não conseguia sentir a diferença entre água e café. Não sabia diferenciar se estava comendo alface ou quibe", complementa.
Dr. Jamal diz que não vê a hora de voltar ao trabalho, mas o retorno ainda será gradual. “Agora estou louco para trabalhar. Estou louco de saudade de todos os meus colegas. Quero ajudar a salvar cada vez mais vidas”, garante. A previsão é que volta a atender na próxima semana. O médico não apresenta mais risco de contágio.
Por fim, Dr. Jamal passou um recado otimista e alertou as pessoas que sentirem qualquer sintoma da doença. “Sentiu tosse, coriza, dor de garganta, ou qualquer sintoma leve, procure o médico. Os profissionais de saúde estão com mais experiência no tratamento. Não desistam, nós vamos vencer essa pandemia”.
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