O fim de semana foi de pouco movimento na Rodoferroviária de Curitiba. Como muita gente decidiu adiar a viagem com medo que a falta de combustível afetasse também os ônibus que saem da capital paranaense, muitas empresas chegaram a cortar o número de veículos em circulação pela metade por causa da falta de passageiros.
Tanto que, no início da noite deste domingo (27), a situação no local era bem diferente de qualquer outro término de fim de semana. Ao invés do alto número de saídas e chegadas de passageiros, o terminal rodoviário estava praticamente deserto, com apenas algumas poucas pessoas em seus grandes corredores. E a greve não só afastou os passageiros como também fez com que muitos ônibus nem mesmo saíssem das garagens.
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No bloco interestadual, pelo menos três empresas relataram que o número de passageiros era bem baixo neste domingo. Em uma delas, um ônibus que normalmente saía com lotação completa para o Rio de Janeiro — cerca de 42 pessoas — partiu com somente 17 viajantes a bordo. Na área estadual, outra empresa cancelou metade das oito viagens que estavam planejadas para Guaratuba neste domingo porque não havia vendido nenhuma passagem.
A Rodoferroviária completamente vazia é apenas mais um dos reflexos da falta de combustível e das paralisações feitas por caminhoneiros em diversas rodovias do país. No início desta semana, o diretor da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc), Thadeu Castello Branco, recomendou que as pessoas evitassem pegar a estrada enquanto a greve não chegasse ao fim. “O melhor é cancelar a viagem. A recomendação é ficar em casa”, disse o dirigente.
Ainda assim, teve gente que decidiu embarcar mesmo assim. Segundo o encarregado geral de obras Paulo Martins, de 49 anos, o ônibus que normalmente sai cheio de Registro (SP) em direção a Curitiba veio praticamente vazio neste domingo. “Cheguei quase 20 minutos adiantado aqui, quando normalmente me atraso. A BR-116 estava bem vazia”, conta.
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