Os cães da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros têm agora um memorial para homenagear os trabalhos prestados às duas corporações. Parceria da PM com o crematório Pet World, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, vai permitir que os animais sejam cremados e tenham seus nomes inscritos no monumento quando falecerem.
“Essa demonstração de respeito enobrece ainda mais a atividade dos cães na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros”, enfatiza o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do qual faz parte a Companhia de Operações com Cães (COC) .
A proprietária do crematório, Leia Consani Penner, explica que a iniciativa é uma forma de retribuir a dedicação e trabalho dos cachorros policiais e bombeiros. “Decidimos dedicar parte do nosso tempo para esses cães que são heróis. Decidimos fazer esse memorial para fazer valer esse respeito a eles”, explica a empresária.
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No monumento, há um mosaico de um policial e um cachorro com flores em volta. Há também uma oração, para que as pessoas possam pedir proteção não só para os cachorros, mas também para os policiais e bombeiros. “O memorial dá dignidade para esses animais que serviram à corporação durante anos”, considera o major Paulo Renato Siloto, subcomandante do Bope.
Tanto a PM quanto o Corpo de Bombeiros acompanham seus cachorros depois que eles se aposentam. Eles são encaminhados para adoção e, muitas vezes, os próprios agentes com quem trabalhavam os levam para casa. Quando os animais vão para um tutor civil, as condições de vida e saúde são acompanhados pelas duas corporações. “Quando o cão vem a falecer, nossos policiais buscam o animal e fazem a cremação e o registro no nosso memorial que vai ficar eternizado para a Companhia de Operações com Cães, para o Bope e para a PM’, enfatiza o major Siloto.
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Perdas de 2018
Em 2018, a perda de dois cachorros marcaram os policiais e bombeiros. Em julho, o Corpo de Bombeiros prestou homenagem à cadela Lika, da primeira leva de cachorros treinados pela corporação para participar de operações de busca. A labradora tinha 12 anos e era especialista na busca de pessoas submersas em escombros, como em desabamentos de prédios.
Lika ajudou a corporação até o fim da vida. Desde que se aposentou, em 2013, passou a representar oficialmente o Corpo de Bombeiros em atividades terapêuticas, como em visitas a hospitais e asilos, além de visitas de aproximação da corporação com o público, como em escolas e eventos.
Em setembro, foi a vez da cadela Raika emocionar os policiais do Bope na despedida do cachorro Skiper, que faleceu possivelmente de câncer. No velório do cão no mesmo crematório do memorial, a cadela entrou e foi direto até o companheiro de treino na PM, surpreendendo os policiais. A foto de Raika com a patinha em cima do corpo de Skiper emocionou os internautas nas mídias sociais.
Skiper era da raça pastor belga malinois, assim como Raika, que chegou ao Bope com dois meses e estava finalizando o treinamento com seu condutor. “Ele estava indo muito bem, tinha o perfil, instintos e impulsos que buscamos. Ele ajudaria nas operações de busca de armas e drogas e também de captura de pessoas”, afirmou na época o tenente Marcelo Henrique Hoiser, sub-comandante da Companhia de Cães.
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