Um menino conseguiu burlar a segurança do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), e embarcou sem passagem em um voo para São Paulo. O garoto, que tampouco tinha documentos, acessou o saguão de embarque e entrou em um avião da companhia Latam que partiu rumo ao aeroporto de Congonhas. O caso ocorreu na última segunda-feira (15) e será investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
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A situação foi confirmada pela companhia área e também pela Infraero, que administra tanto o Afonso Pena como o terminal de Congonhas.
Em nota, a Latam informou que “desde o primeiro momento, esteve em contato tanto com as autoridades quanto com os responsáveis do menor” e que teria prestado assistência para o retorno do menino a Curitiba no mesmo dia.
A Infraero afirmou que a criança decolou sem os documentos necessários. Em nota, a empresa acrescentou que se dispõe a colaborar com as autoridades policiais para esclarecer o caso e que, por causa do fato, irá reforçar seus processos de segurança em toda a rede de aeroportos que gerencia.
Apesar de o comunicado da Latam ressaltar que a companhia entrou em contato com autoridades, o Conselho Tutelar de Curitiba respondeu que não foi acionado, e a Polícia Civil também informou que não houve nenhum Boletim de Ocorrência feito para registrar a situação.
O MP-PR falou nesta quinta-feira (18) que a Promotoria de Justiça de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Curitiba - responsável pelo controle de autorizações de viagens - também não foi comunicada sobre a falha, classificada pelo órgão como "muito grave".
Segundo a promotora de Justiça Tarcila Santos Teixeira, na próxima segunda-feira (22) a promotoria vai instaurar um procedimento para apuração de infração administrativa. Uma das primeiras medidas será solicitar as imagens das câmeras de segurança do aeroporto para entender como o menino conseguiu burlar as fiscalizações das entradas.
"Eu, diante do fato das informações que vocês estão me dando, acho essa situação muito grave pelo seguinte: são duas fiscalizações que falharam e que permitiram o ingresso clandestino de uma criança numa aeronave que foi parar em São Paulo. Se ela embarcou [facilmente], o que dirá desembarcar. E em São Paulo, ele poderia tomar um rumo que ninguém nunca mais sentiria o cheiro dessa criança no país", ressalta a promotora.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi procurada, mas até as 14h15 não havia respondido aos questionamentos da reportagem.
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