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Brachycephalus coloratus , uma das espécies minúsculas de sapo  desobertas na Serra do Mar. | Luis Fernando Ribeiro/Divulgaão
Brachycephalus coloratus , uma das espécies minúsculas de sapo desobertas na Serra do Mar.| Foto: Luis Fernando Ribeiro/Divulgaão

Duas novas espécies de sapo foram descobertas na Serra do Mar no Paraná. As espécies, chamadas de Brachycephalus coloratus e Brachycephalus curupira, são minúsculas, medindo de 10 a 12 milímetros de comprimento - o que os bota no grupo de anfíbios considerados os menores vertebrados terrestres do mundo.

A descoberta foi feita no dia 27 de julho por biólogos paranaenses da ONG ONG Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. As duas novas espécies foram descritas em artigo científico da revista internacional Peerj.

Além do tamanho minúsculo, outras curiosidades chamam a atenção nos sapinhos. Por viverem no topo das motanhas da Serra do Mar, os animais passaram por adaptações específicas que os diferem de outros anfíbios: não sabem nadar, têm resistência ao frio, têm desenvolvimento direto - sem passar pela fase de girino - e contam com um número de dedos reduzidos, comparados a outras espécies.

Brachycephalus curupira é a outra espécie descoberta na Serra do Mar no Paraná.Luiz Fernando Ribeiro/Divulgação

“Uma característica dessas espécies é o microendemismo, ou seja, um fenômeno que torna a distribuição delas extremamente reduzida, em apenas uma localidade identificada até o presente momento”, explica o biólogo do Malter Natura e professor da Pontíficia Universidade do Paraná (PUCPR) Luiz Fernando Ribeiro.

Além dessas duas espécies, outras 14 foram descobertas na Mata Atlântica entre o Paraná e Santa Catarina nos últimos cinco anos. O biólogo, pesquisador do Malter Natura e professor UFPR, Márcio Pie, acredita que mais espécies podem ser descobertas nos próximos anos . “A dificuldade de chegarmos a vários desses ambientes provavelmente fez com que esses anfíbios tenham sido relativamente negligenciados em estudos prévios. No entanto, já temos planejado várias novas expedições e provavelmente teremos novas espécies em um futuro próximo”, destaca.

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