Mesmo com a onda de assaltos que vem ocorrendo em shoppings de Curitiba, os representantes do setor descartam o uso de seguranças armados dentro dos centros comerciais. Desde sexta-feira passada, seis estabelecimentos foram alvos de bandidos - três deles, shoppings centers. Os lojistas se reuniram com membros da Secretaria de Estado da Segurança do Paraná (Sesp) na tentativa de buscar alternativas para coibir a ação dos bandidos. Mas a utilização de armas pelos seguranças não foi uma delas. Enquanto a reunião acontecia, um hipermercado era assaltado no bairro Boa Vista, por ladrões que buscavam celulares. Um assaltante morreu.
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De acordo com Ivo Orlando Petris, diretor executivo do PolloShop, membro da Associação Brasileira de Shoppings Centers do Paraná (Abrasce-PR) e um dos vice-presidentes da Associação Comercial do Paraná (ACP), a possibilidade de armar seguranças causaria ainda mais pânico na população.
“A presença de uma arma só traz mais pânico, ainda mais em um local como um shopping. Precisamos investir na presença ostensiva da força policial e não no uso de armas”, afirmou ao final da reunião com a Sesp.
Integração das câmeras não deve ser tão simples
Para Petris, as Secretaria de Segurança se mostrou disposta a encontrar uma solução para o problema, porém, ele ressaltou que as propostas apresentadas esbarram em questões técnicas e que precisam ser discutidas de forma mais abrangente.
Uma das soluções apresentadas pela Sesp é a integração das câmeras de segurança, mas, para o representante dos shoppings, não deve ser tão simples. Isso porque, de acordo com o diretor, o software utilizado pela Sesp é de última geração, comprado para a Copa do Mundo de 2014.
“Esse software é muito caro, de última geração. Em um momento de crise como vivemos, não há como bancar um valor tão alto”, disse. Ainda de acordo com Petris, a questão da integração das câmeras deve ser alvo de discussão para novas reuniões. “Precisamos encontrar uma interface que agregue todos os sistemas, ou que a empresa faça uma doação. Isso vai ser discutido em novas reuniões”, afirmou.
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