Uso de seguranças armados não foi nem motivo de discussão, de acordo com representante dos Shoppings.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Mesmo com a onda de assaltos que vem ocorrendo em shoppings de Curitiba, os representantes do setor descartam o uso de seguranças armados dentro dos centros comerciais. Desde sexta-feira passada, seis estabelecimentos foram alvos de bandidos - três deles, shoppings centers. Os lojistas se reuniram com membros da Secretaria de Estado da Segurança do Paraná (Sesp) na tentativa de buscar alternativas para coibir a ação dos bandidos. Mas a utilização de armas pelos seguranças não foi uma delas. Enquanto a reunião acontecia, um hipermercado era assaltado no bairro Boa Vista, por ladrões que buscavam celulares. Um assaltante morreu.

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De acordo com Ivo Orlando Petris, diretor executivo do PolloShop, membro da Associação Brasileira de Shoppings Centers do Paraná (Abrasce-PR) e um dos vice-presidentes da Associação Comercial do Paraná (ACP), a possibilidade de armar seguranças causaria ainda mais pânico na população.

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“A presença de uma arma só traz mais pânico, ainda mais em um local como um shopping. Precisamos investir na presença ostensiva da força policial e não no uso de armas”, afirmou ao final da reunião com a Sesp.

Integração das câmeras não deve ser tão simples

Para Petris, as Secretaria de Segurança se mostrou disposta a encontrar uma solução para o problema, porém, ele ressaltou que as propostas apresentadas esbarram em questões técnicas e que precisam ser discutidas de forma mais abrangente.

Uma das soluções apresentadas pela Sesp é a integração das câmeras de segurança, mas, para o representante dos shoppings, não deve ser tão simples. Isso porque, de acordo com o diretor, o software utilizado pela Sesp é de última geração, comprado para a Copa do Mundo de 2014.

“Esse software é muito caro, de última geração. Em um momento de crise como vivemos, não há como bancar um valor tão alto”, disse. Ainda de acordo com Petris, a questão da integração das câmeras deve ser alvo de discussão para novas reuniões. “Precisamos encontrar uma interface que agregue todos os sistemas, ou que a empresa faça uma doação. Isso vai ser discutido em novas reuniões”, afirmou.

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