Manifestantes se reuniram no Centro de Curitiba na tarde deste domingo (7) para protestar contra o racismo e contra o presidente Jair Bolsonaro. O policiamento estava reforçado na região da Praça Santos Andrade e também nas imediações do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.
Alguns manifestantes foram revistados ao chegar à praça. Sete foram detidos porque estavam com drogas e outro carregava um punhal, segundo a Polícia Militar. Apesar disso, ato foi pacífico e nenhum incidente grave foi registrado. De acordo com a estimativa da corporação, 1000 pessoas participaram do ato na praça e metade seguiu até o Palácio.
A presença da PM em grande número se deu em razão do vandalismo registrado no ato anterior na capital paranaense, em 1 de junho, quando black blocs infiltrados no ato queimaram uma bandeira do Brasil, depredaram agências bancárias e causaram danos a estações-tubo e outros itens do mobiliário urbano.
Concentrados na praça, os manifestantes criticaram o presidente com insultos como fascista e racista, pediram a extinção da Polícia Militar e ainda o fim das mortes violentas de pessoas negras. Várias faixas no protesto lembraram de negros mortos em diferentes circunstâncias. Alguns deles: George Floyd, negro norte-americano asfixiado por um policial branco; João Pedro, jovem assassinado dentro de casa durante uma operação policial no Rio de Janeiro; Miguel, de 5 anos, que morreu no Recife após cair do nono andar de um prédio; Agatha, que faleceu após ser baleada dentro de uma van no Rio de Janeiro, e a vereadora Marielle Franco, executada dentro de seu carro junto com o motorista Anderson Gomes.
Cerca de 2h30 após o início do ato, o protesto deixou a praça. O grupo percorreu diversos pontos do Centro, passou pela prefeitura, onde havia dezenas de guardas municipais a postos, e caminhou em direção ao Centro Cívico. Quando chegaram ao Palácio Iguaçu, cantaram o Hino Nacional ajoelhados em frente aos policiais. O local também estava cercado de PMs, inclusive no ponto em que ficam hasteadas as bandeiras do Brasil e do Paraná, e ainda dentro do prédio.
No Centro Cívico, em frente ao isolamento promovido pela PM, os discursos se concentraram na ação policial em relação à população negra. Os manifestantes dispersaram da região do palácio por volta das 18 horas - 4 horas após o início do protesto.
Policiais militares estavam posicionados nas imediações do Palácio Iguaçu e em vários pontos do Centro para monitorar o deslocamento das pessoas que deixaram o ato.
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