A promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, do Ministério Público do Paraná, instaurou um procedimento preparatório para apurar as razões do reajuste do preço do álcool (etanol hidratado) por postos de combustíveis da capital. De acordo com a promotoria, o valor médio do litro do etanol em Curitiba era de R$ 4.96 em 5 de março. No dia 10 de março, quando foi anunciado pela Petrobras o reajuste do preço do diesel e da gasolina, alguns postos da capital passaram a cobrar R$ 5,99 pelo litro do álcool, um aumento de 20,76% sobre o valor médio anterior.
O aumento no preço dos combustíveis foi justificado pela Petrobras devido à alta nos preços do barril de petróleo em todo o mundo, desencadeada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Essa alta, entretanto, não deveria impactar imediatamente o preço do etanol hidratado, produzido a partir da cana-de-açúcar e que não leva combustíveis fósseis em sua composição. Ao contrário, no Brasil o etanol é misturado à gasolina para barateamento de custos e redução de poluentes.
O Ministério Público informou que oficiaria a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para que, no prazo de 10 dias, manifeste-se a respeito do aumento nos preços do etanol hidratado em Curitiba. A ANP deverá encaminhar à promotoria do Consumidor os documentos relativos à evolução dos preços nas bombas no período de 27 de fevereiro a 14 de março no mercado de Curitiba.
O Ministério Público também informou estar expedindo ofício ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes e ao Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná para que, também no prazo de 10 dias, posicione-se a respeito do aumento dos preços do álcool, encaminhando os mesmos documentos que comprovariam a necessidade de reajuste do preço nas bombas.
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