A greve dos servidores municipais de Curitiba foi reforçada nesta terça-feira (20), dia de votação do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN) na Câmara de Vereadores. Segundo a prefeitura, a paralisação afeta o funcionamento de 256 unidades escolares na cidade. Dessas, 88 têm atendimento parcial e 168 não funcionam. Milhares de servidores estão concentrados no Legislativo, onde os vereadores tentam votar pela segunda vez as propostas do Executivo. Já houve confusão e intervenção da Polícia Militar.
TEMPO REAL: Câmara faz 2ª tentativa para votar o ajuste fiscal de Greca; siga em tempo real
Das unidades escolares afetadas por causa da mobilização, 180 são escolas municipais e 76 são Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), no início da manhã, trabalhava com número de 156 escolas fechadas nesta terça.
A paralisação dos servidores teve início no dia 12 e é motivada pelo chamado “pacotaço”, encaminhado pelo prefeito ao Legislativo. As medidas foram para votação em regime de urgência. No primeiro dia de greve, os números da prefeitura indicavam que o dia começou com o atendimento comprometido em 118 unidades da rede de ensino municipal, sendo que 86 ficaram fechadas e 32 tiveram atendimento parcial. No segundo dia do movimento, 150 unidades tiveram atendimento afetado, sendo que 73 ficaram fechadas.
Outros serviços
A prefeitura diz ainda que as unidades de saúde e unidades de pronto atendimento funcionam normalmente desde o início desta terça. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que representa os funcionários das unidades de saúde e dos CMEIs, entre outros, aponta, no entanto, que servidores de 202 locais de trabalho aderiram à paralisação.
Propostas e votação
Entre as propostas do programa de ajustes fiscais a que a categoria se opõe estão as mudanças no sistema previdenciário do município; a suspensão da data-base e dos planos de carreira dos servidores; o leilão de dívidas da prefeitura e a criação de uma lei de responsabilidade fiscal municipal.
Na semana passada, os servidores conseguiram o adiamento da votação ao romperem a grade de isolamento e impedir vereadores e funcionários da Câmara de entrarem no prédio.
Colaborou: Cecília Tümler
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