Moradores do bairro Água Verde, em Curitiba, estudam implantar uma central de segurança privada dentro do módulo da Guarda Municipal abandonado e que foi destruído por um incêndio no dia 9 de abril. O espaço fica entre a Avenida Água Verde e a Rua Bento Viana, praticamente em frente ao cemitério da região - onde casos de furtos e roubos são registros constantes.
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A ideia partiu do Conselho Comunitário de Segurança do Água Verde (Conseg), que quer a autorização da prefeitura para fazer uma reforma e gerenciar o uso do espaço. Segundo Paulo Roberto Goldbaum Santos, diretor e consultor de segurança do conselho, o pedido já foi apresentado ao executivo municipal , mas as conversas ainda são informais. “Já conversamos com eles, mas não há nada protocolado porque nós ainda estamos buscando apoio para implementar a ideia. Em um primeiro momento, queremos que a prefeitura autorize o uso do local. Depois, vamos fazer um projeto arquitetônico para reconstruir o módulo. Queremos um espaço que possa acomodar uma central de câmeras de segurança, que tenha banheiro e cozinha, para que policiais militares e guardas municipais que fazem ronda na região também utilizem”, explica o diretor.
Ainda segundo Goldbaum, se a prefeitura autorizar o projeto, os vizinhos deverão contratar uma empresa de segurança particular para aumentar a segurança na região. “Não pretendemos onerar a prefeitura. Todo o custo de manutenção deve ser bancado pelos vizinhos. Além disso, com a reforma do módulo manteremos uma relação mais próxima com os policiais. Isso, com certeza, vai se refletir no aumento da segurança do nosso bairro”, diz.
Crimes
Balanço parcial divulgado no passado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) apontou o Água Verde como quinto de Curitiba onde há o maior número de furtos e roubos na cidade. Nos seis primeiros meses daquele ano, foram 1.299 ocorrências desse tipo registrado pelas autoridades policiais no bairro - praticamente sete ocorrências por dia.
Ainda no ano passado, com a desativação do módulo da Guarda Municipal, até mesmo velórios ficaram prejudicados. Por causa da insegurança, moradores chegaram a falar sobre cerimônias realizadas a portas fechadas para evitar transtornos piores.
O bairro é também o local onde, há pouco menos de um mês, um ladrão apelidado de homem-aranha escalou as sacadas de um prédio para roubar um apartamento no 4.º andar. A fuga do assaltante foi flagrada pelas câmeras de segurança.
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