Moradores e comerciantes do bairro Jardim Botânico, em Curitiba, são contra a proibição de conversão no cruzamento da Avenida Prefeito Omar Sabbag com a Rua Brasílio Itiberê divulgada pela prefeitura de Curitiba. Quem segue pela avenida não poderá mais entrar à esquerda após o semáforo do Viaduto do Capanema, em direão ao parque Jardim Botânico a partir das 9h30 desta terça-feira (6). O sinaleiro será retirado do local.
Com a proibição, a prefeitura sugere opções de desvios para o motorista. A primeira é entrar na Avenida Dr. Dario Lopes dos Santos a partir da Omar Sabbag. Outra alternativa é acessar à direita na Rua Ernesto de Araújo e fazer outra conversão, também à direita, na Rua Padre Francisco João Azevedo para então chegar à Brasílio Itiberê, O último caminho é contornar o Colégio Estadual Hildebrando de Araújo, criando oportunidade de acessar a Rua Sant’anna ou a Brasílio Itiberê.
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“Conseguimos dar maior fluidez para o tráfego de veículos no local, além de evitar acidentes. Dar a volta na quadra será mais rápido do que aguardar por quase dois minutos o semáforo abrir”, comentou a superintendente de Trânsito, Rosangela Battistella após os estudos técnicos feitos pelos engenheiros do Setran.
População discorda
A mudança não foi aprovada por quem mora ou trabalha na região. Muitos afirmam que a alteração vai piorar o tráfego e ressaltaram que a movimentação é intensa dos dois sentidos da Avenida Omar Sabbag e que a Brasílio Itiberê é um importante canal de entrada para o bairro.
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A presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Jardim Botânico, Fátima Maia, contou que a prefeitura avisou mês passado que iria proibir a conversão. Contestando a medida, ela e outros moradores se organizaram por um grupo de WhatsApp para fazer reclamações da ação para a prefeitura pelo 156. O protesto surtiu efeito e a transformação chegou a ser cancelada.
“Eles tinham desistido da ideia, mas fui avisada da proibição novamente agora pouco. Vai prejudicar muito porque é o único semáforo que dá acesso à esquerda. Eles nem ouviram os moradores e quem trafega por ali. É um absurdo”, afirmou a presidente do Conseg.
Já o economista Julian Perusso, de 46 anos, mora a duas quadras do cruzamento e trafega pela conversão diariamente. Segundo ele, a Brasílio Itiberê é um trecho essencial para o fluxo de carros por ter ligação com todas as transversais internas do bairro. “Eles só estão transferindo o problema para uma ou duas quadras para frente. Vai travar os dois sentidos [da Omar Sabbag] de maneira insegura, trazendo muito mais prejuízos do que benefício”, reclamou.
“Não vejo o porquê de mudar”, também indagou o farmacêutico Gustavo Cruz, que trabalha duas quadras para cima do Colégio Estadual Hildebrando de Araújo. Já Luiz Secchin, proprietário de um restaurante na Omar Sabbag, quase em frente ao cruzamento há 27 anos, até acredita que a alteração poderia ser interessante para comércio. “Talvez até ficasse melhor para mim, mas tem que ver o bem da comunidade. Não dá batida e está funcionando do jeito que está”, afirmou ele, questionando também se realmente vai existir alguma melhora.
Emerson Alves assina embaixo dos demais. Sócio-proprietário de uma loja de carros, sugeriu uma nova solução: “Deve ser feito um estudo técnico para diminuir o canteiro e manter o retorno”, afirmou.
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