Morreu neste sábado (14) pela manhã, aos 52 anos, Juarez Ferreira Pinto, condenado a 65 anos de prisão pelo latrocínio de Osíris del Corso e por ter baleado Monik Pegoraro, que ficou paraplégica. A informação é do advogado Cláudio Dalledone Júnior, encarregado da defesa de Juarez. A assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP/PR) ainda não confirmou a morte.
O crime ocorreu em 31 de janeiro de 2009 e ficou conhecido pelo caso do “Morro do Boi“, ocorrido em Matinhos, no litoral paranaense. De acordo com nota divulgada pelo advogado de defesa, o cliente morreu dentro do Complexo Médico Penal (CMP). Segundo a nota, Juarez tinha uma série de doenças como Hepatite e cirrose, além de ser portador do vírus HIV.
Relembre o caso
O casal de jovens Monik Pegorari de Lima e Osíris Del Corso estava em uma trilha no Morro do Boi na tarde do dia 31 de janeiro de 2009, um sábado. Eles pretendiam chegar à Praia dos Amores e teriam pedido informações a um desconhecido, que se ofereceu para levá-los até a praia. Chegando à gruta na praia, por volta das 17h30, o agressor teria tentado abusar sexualmente dela.
O namorado tentou defendê-la e levou um tiro no peito. A moça foi atingida por dois disparos nas costas (um deles atingiu sua coluna) e ficou caída no local, enquanto o agressor fugiu. Depois de um tempo, segundo as investigações, o agressor teria voltado até o local do crime e a violentado. Segundo a Justiça, o autor do crime é Juarez.
Mas antes de Juarez ser preso, um outro homem tinha sido preso pela polícia acusado de supostamente ser o autor confesso do crime. Por causa desse outro suposto autor do crime, ao longo das investigações, seis policiais foram presos (inclusive o então delegado de Matinhos José Tadeu Bello) acusados de ter fraudado o inquérito.
Entre os policiais presos estava ainda o policial civil Altair Ferreira Pinto (conhecido como Taíco), que é justamente o irmão de Juarez Ferreira Pinto. Em entrevista à Gazeta do Povo, a vítima falou sobre a sensação de alívio que sentiu quando soube da prisão de Taíco, porque as pessoas, na época, acreditavam que ela estava colocando um inocente na cadeia. “Foi o Juarez, não tenho dúvida”, falou na entrevista.
Monik ficou paraplégica e se mudou de Curitiba para o Nordeste, uma região mais quente e que oferece melhores condições para o tratamento. Sessões de fisioterapia e condicionamento físico passaram a ocupar cada dia de Monik até os dias de hoje.
PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Lula diz que “agradece” por estar vivo após suposta tentativa de envenenamento