Curitiba deve alcançar a marca de nenhuma morte por Covid-19 entre a última semana de novembro e a primeira de dezembro. A estimativa é da própria prefeitura, que calcula que se as contaminações continuarem caindo no ritmo atual a capital terá o primeiro dia sem óbito por coronavírus em um ano e meio. A última data em que a cidade não perdeu nenhuma vida para a Covid-19 foi 6 de junho de 2020.
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"Com a queda expressiva dos números da pandemia nos últimos dias, é possível que em três a quatro semanas Curitiba registre nenhuma morte por Covid-19", ressalta o epidemiologista Diego Spinoza da prefeitura.
Essa marca deve ser alcançada após quase dois anos de pandemia se a circulação do coronavírus continuar baixa e diminuindo. Há 11 semanas Curitiba registra queda no número de infectados, o período mais longo de redução de contágio de toda a pandemia.
Há quase dois meses, desde 15 de setembro, a taxa RT, que mede a velocidade da transmissão do coronavírus, está abaixo de 1, marca em que o contágio é considerado controlado. Atualmente, o RT de Curitiba está em 0,81. Ou seja, cada grupo de 100 pessoas infectadas pode transmitir a doença a outras 81.
O resultado é que a média móvel de mortes caiu quase 50% nos últimos sete dias, ficando em 2,29 quarta-feira (9), data em que foram registradas duas perdas por Covid-19. Há 15 dias a capital registra menos de quatro mortes por dia. O pico de perdas de vida por Covid-19 foi ema 15 de março, quando 57 óbitos foram registrados em um único dia. Já a maior média móvel foi em 21 de março, com média 42,29 óbitos em sete dias.
Quando analisada a média móvel de infecções atual com o pico da pandemia, o contraste é ainda maior. Quarta-feira, Curitiba teve média de 85 novos contágios no prazo de sete dias. Número 16,6 vezes menor do pico de infecções em 12 de dezembro de 2020, quando a média móvel bateu em 1.411,86 em sete dias.
Máscara
Apesar do avanço conquistado com a imunização, com 68,4% dos curitibanos já completamente imunizados com duas doses ou a dose única do laboratório Janssen, o epidemiologista da prefeitura afirma que ainda não é o momento de se falar em flexibilizar o uso da máscara. Isso porque, mesmo com a queda, os números seguem altos. "Estamos perto do final da pandemia. A população não pode bobear justamente agora. Todos devem manter os cuidados", ressalta Spinoza.
Mesmo assim, o Centro de Epidemiologia está se debruçando sobre dados para estimar quando a máscara poderá deixar de ser usada pelo menos em locais abertos. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem encurtado de um mês para duas semanas a vigência dos últimos decretos, os quais flexibilizaram praticamente todas as medidas restritivas, menos o uso da máscara e o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos, com exceção de feiras.
Todos os ambientes estão autorizados a abrir com capacidade máxima de público e não exigem mais resultado de teste de Covid-19 até 18 de novembro, podendo ser prorrogado se os índices da pandemia não voltarem a subir.
"Encurtamos esse período de vigência com as restrições mínimas justamente para podermos agir rapidamente e não perder o controle caso os índices comecem a subir novamente. Seguimos vigilantes e alertas porque sabemos do efeito que qualquer alteração pode causar no quadro da pandemia", enfatiza Spinoza.
Esse acompanhamento com prazos mais curtos também vai definir as ações da SMS para o fim do ano, quando a circulação de pessoas aumenta com a proximidade do Natal e ano novo. "Os indicadores apontam que teremos um fim de ano muito mais tranquilo do que em 2020", avalia o epidemiologista da prefeitura.
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