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| Foto: Rodrigo Nunes/MS

Subiu de dois para quatro o total de mortes em 2018 por gripe em Curitiba, onde, mais uma vez, foi prorrogada a campanha de vacinação contra a influenza . O número está no novo informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta quinta-feira (14), e indica um impacto da doença em relação a 2017: no mesmo período do ano passado, eram 18 casos de internação e apenas um de morte por gripe na capital, contra as quatro mortes e os 56 internamentos de 2018. No caso das internações, o número atual é mais do que o triplo do ano passado. O primeiro óbito em Curitiba foi registrado no boletim da Sesa do dia 23 de maio.

Veja onde se vacinar em Curitiba

Com o avanço da doença, a prefeitura de Curitiba prorrogou para até o dia 22 de junho a vacinação dos grupos de risco nas 110 unidades básicas de saúde. A primeira data estipulada pelo Ministério da Saúde era 1.º de junho, mas foi ampliado até o dia 15 por causa da greve dos caminhoneiros, no fim de maio. Agora, o governo federal decidiu estender em mais uma semana.

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Ainda sem atingir a meta de vacinados contra a gripe, o Paraná também vai seguir orientação do Ministério da Saúde e estender a campanha de vacinação até dia 22 para os grupos prioritários. Além disso, no encontro ficou decidido que, a partir do dia 25 de junho, o estoque restante de todas as unidades básicas de saúde do estado, inclusive em Curitiba, será liberado para o público em geral. Até a manhã desta sexta, 84,4% da população-alvo da campanha havia sido vacinada no Paraná.

O aumento no número de atendimentos, casos confirmados e óbitos em Curitiba não é isolado. Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da prefeitura, Alcides Souto de Oliveira, cenário parecido tem se delineado em muitas regiões do país, seguindo o que já ocorreu no inverno do Hemisfério Norte e cumprindo a previsão do que os especialistas chamam de onda epidemiológica. “Mesmo com a vacina e medidas de controle, o vírus tem seu ciclo dessa forma, subir e descer”, explica o diretor, acrescentando que a tendência para este ano é de mais casos já que os vírus começaram a circular antecipadamente. “Em 2018, o vírus da influenza antecipou a circulação no Brasil e não só em Curitiba. Isso aumentou o numero de atendimentos por doenças respiratórias e infelizmente mais pessoas morrem”.

De acordo com a SMS, as quatro mortes de Curitiba foram de pessoas acima de 90 anos, não vacinados e já pacientes de outros problemas, como cardíacos e renais.

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Em Curitiba, o que preocupa é que, mesmo com esses adiamentos consecutivos, a meta ainda não foi atingida. A previsão original era que 90% das 515 mil pessoas que integram o público-alvo fossem vacinadas, mas a capital conseguiu imunizar somente 79% delas a apenas uma semana do início do inverno, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). E as crianças de seis meses a menores de cinco anos, as gestantes e os doentes crônicos são os grupos que apresentam menor cobertura, com 52,8%, 55% e 55,1%, respectivamente.

A SMS não descarta a possibilidade de estender a vacinação para o público geral. No entanto, isso vai depender do total de doses remanescentes depois do dia 22 de junho. Caso isso aconteça, as vacinas serão disponibilizadas gradualmente nas unidades de saúde da cidade.

Indicações

-Crianças entre 6 meses de idade até 4 anos, 11 meses e 29 dias;

-Idosos acima com 60 anos ou mais;

- Pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão, câncer, asma, bronquite e doenças degenerativas do sistema nervoso central;

- Gestantes, independente do mês gestacional;

- Mulheres em pós-parto, até 45 dias após o nascimento do bebê;

- Profissionais de saúde da rede pública ou privada;

- Professores de escolas públicas ou privadas;

- População Indígena;

- População carcerária e funcionários do sistema prisional;

- Adolescentes e jovens entre com 12 e 21 anos sob medidas socioeducativas.

Unidades de saúde de Curitiba

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