O motorista da carreta que, a princípio, causou o grave acidente no km 102 da BR-277, próximo ao Contorno Sul entre Curitiba e Campo Largo, no fim da noite desta quarta-feira (20), culpou a falta de sinalização no trecho pelo engavetamento. Duas pessoas morreram no local - próximo a um ponto em obras. O condutor prestou depoimento na Delegacia de Delitos de Trânsito da capital e foi solto em seguida. A CCR, concessionária que administra a via, nega qualquer irregularidade.
Curitiba: Ruas da CIC terão alteração no trânsito a partir desta quinta-feira
Leia também: Dono de farmácia reage a assalto e mata ladrão em Curitiba
“Ele disse que tinha apenas uma bandeira sinalizando. Quando percebeu os carros parados ele tentou frear, mas o freio não aguentou. Tentou também reduzir na marcha, mas a colisão foi inevitável”, contou o delegado Vinícius Augusto de Carvalho, que conduz as investigações.
Segundo ele, uma equipe da polícia foi enviada até o local para checar a sinalização, que, segundo a CCR, está dentro do exigido. “Todos os procedimentos de operação do tráfego e sinalização, em todas as rodovias cuidadas pela CCR RodoNorte, estão de acordo com o Código Nacional de Trânsito e com o que preconiza o contrato de concessão”, informou, em nota, a concessionária.
A carreta transportava 30 toneladas de fertilizante na hora do acidente e, segundo a Polícia Civil, trafegava em velocidade acima da máxima permitida para o trecho - que é 80 km/h. “Pelo estrago, ele certamente não estava numa velocidade compatível com a permitida na via, especialmente naquela região em que estão sendo realizadas obras. Pelo que pudemos apurar o primeiro veículo atingido foi arrastado por aproximadamente 50 metros”.
Em depoimento, o motorista afirmou, contudo, que a velocidade do caminhão era de 60 km/h. “Isso foi o que ele disse. Já solicitei uma perícia complementar no caminhão e mandei uma equipe para verificar a sinalização. As investigações e depoimentos que vamos colher com as testemunhas vão confirmar ou não o que ele disse”, falou o delegado.
Como permaneceu no local e não apresentava sinais de embriaguez, o motorista foi ouvido em depoimento e liberado em seguida. Ele será indiciado por homicídio culposo ou doloso, dependendo do que indicarem as investigações.
A chance de excesso de velocidade já havia sido levantada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A Divisão Metropolitana da Polícia Civil, Antônio Figueiredo, afirmou que os detalhes só serão confirmados por uma perícia complementar que será feita no caminhão.
O veículo está no pátio da PRF em São Luis do Purunã. “Hoje será feita a perícia complementar, pois ontem devido a noite e a fumaça ficou impossível avaliar com precisão os sistemas de segurança do caminhão”, explicou Figueiredo.
Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas, porém sem gravidade. Cinco carros foram envolvidos no acidente. Após o primeiro impacto, o caminhão carregado com fertilizante arrastou uma caminhonete e foi atingindo outros veículos até parar e pegar fogo.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista
Deixe sua opinião