Por pouco um arrastão a ônibus em Curitiba não acabou em tragédia na noite de sábado (29). Após pegar os pertences e dinheiro de aproximadamente 20 passageiros da linha Cabral/Portão, o assaltante disparou contra a porta da frente do ônibus. Por sorte, o motorista não foi atingido pelo tiro - teve apenas ferimentos causados pelos estilhaços do vidro da porta.
O arrastão aconteceu na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Guaíra, próximo à sede social do Paraná Clube. O motorista registrou Boletim de Ocorrência no módulo da Polícia Militar (PM) que fica na praça em frente à sede do Paraná Clube.
Além do atirador, outras três pessoas participaram do arrastão. A Polícia Civil vai investigar a ocorrência via Delegacia de Furtos e Roubos (DR).
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Onda de violência
Há pelo menos três anos, o transporte coletivo de Curitiba vive uma onda de violência, com assaltos e arrastões. Em 2018, até o mês de outubro, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc) registraram impressionantes 224 assaltos aos veículos do transporte público da capital paranaense. Em fevereiro, um passageiro da linha Rurbana morreu após ser baleado na cabeça durante um arrastão na Linha Verde, no bairro Campo de Santana.
Se antigamente o principal alvo dos assaltantes era o dinheiro do caixa do cobrador do ônibus, nos últimos anos o alvo passou a ser os próprios passageiros. O principal alvo dos ladrões são os celulares.
Desde 2011, Curitiba tem lei municipal (13.885/ 2011) que exige instalação de câmeras de monitoramento no interior dos ônibus justamente para tentar conter a criminalidade. Entretanto, apenas apenas terminais e algumas estações-tubo possuem o sistema. Nenhum ônibus tem câmeras de segurança. Em julho de 2017, motoristas e cobradores de ônibus chegaram a paralisar o trabalho após o assassinato de um motorista durante um arrastão.
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