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Acidente na BR-277, em Balsa Nova, deixou seis pessoas mortas | Atila Alberti/Tribuna do Paraná
Acidente na BR-277, em Balsa Nova, deixou seis pessoas mortas| Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná

O motorista suspeito de ser o responsável pelo acidente que resultou na morte de seis pessoas na BR-277, na quinta-feira (25), em Balsa Nova, vai responder ao processo em liberdade provisória. A decisão judicial foi proferida na tarde desta sexta-feira, em audiência no Fórum da Comarca de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Jeferson Eduardo Borsato, de 31 anos, foi preso ainda no local do acidente e indiciado por homicídio doloso, quando o autor assume o risco de matar. A Justiça arbitrou pagamento de fiança no valor de 20 salários mínimos para que ele possa sair da prisão, informou o superintendente da Delegacia de Campo Largo, Emir Silveira. O valor foi pago pouco tempo depois da audiência. Além disso, o acusado teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa, não pode mudar de endereço e deve comparecer a todas as audiências a que for intimido.

De acordo com Silveira, essa decisão judicial não significa que Borsato não responderá pelo crime. Ao contrário, destaca o superintendente. Conforme ele, o motorista poderá até mesmo ir a júri popular. “O juiz não desqualificou o crime e ele continuará respondendo pelo dolo”, explica.

Ainda segundo o superintendente, a próxima etapa do processo será a de juntar provas que ajudem a explicar o que aconteceu na rodovia. Para isso, além da elaboração de um laudo pericial, a polícia vai ouvir testemunhas e verificar as habilidades do próprio motorista.

O caminhão conduzido por Borsato, relata Silveira, estava em condições de trafegar pelas estradas, mas apresentava problema nas válvulas de freio, que não estavam funcionando. “Isso não é um problema de manutenção. É algo que depende da habilidade do condutor, que deveria saber se o caminhão estava em condições de trafegar. É isso o que vamos verificar”, acrescentou o superintendente.

Na hora do acidente, o veículo de Borsato estava com a carga completa de milho e, segundo os primeiros relatos, estaria trafegando em alta velocidade. Contudo, o superintendente destaca que ainda não é possível confirmar a velocidade do caminhão, já que os tacógrafos usados para fazer essa medição não estavam atualizados. “Os tacógrafos foram apreendidos e, em vários deles, os discos registravam que ele viajava acima dos 120 km/hora”.

Em rodovias, a velocidade máxima para caminhões é de 80 km/hora.

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