Após mais um assassinato, motoristas de aplicativos fazem um protesto no Palácio Iguaçu na manha desta segunda-feira (14) para cobrar mais segurança do governo do estado. Na terça-feira (15), eles prometem um protesto na Câmara de Vereadores de Curitiba, no Centro, de manhã, às 10h, e na Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, de tarde, às 14h30. Além dos protestos, a intenção é paralisar todos os serviços de aplicativos em Curitiba nesta terça. Ainda nesta quarta, eles tentarão ser recebidos pela governadora Cida Borghetti, às 16h30.
No fim da tarde de domingo (13), mais um motorista foi assassinado: o corpo do motorista Valmir Nichel, que estava desaparecido desde sábado (12) foi encontrado no Rio Iguaçu, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Se confirmada a morte com a atividade, este será o quarto assassinato de motorista de aplicativo. Cerca de 20 carros foram ao Palácio Iguaçu, mas não atrapalham o trânsito. Uma comissão de cinco motoristas foi recebida pelo secretário estadual de Segurança Pública Júlio Reis.
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“A própria Secretaria de Segurança está marcando uma reunião com as empresas de aplicativos para ser discutido um sistema de segurança para os motoristas”, informa Arnaldo Milki, representante do grupo de motoristas que se encontrou com o secretário. Na reunião, segundo Milki, os motoristas receberam a garantia de Reis o compromisso de que os assassinatos serão investigados.
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O secretário Júlio Reis afirma que todas as investigações de assassinato de motoristas de aplicativos estão sendo conduzidas com “absoluta prioridade”. Sobre a reunião da Sesp com os representantes dos aplicativos, o secretário afirma que será debatida uma forma mais rápida de os casos suspeitos serem notificados mais rapidamente à polícia. “É importante que os aplicativos criem sistemas para acionar mais rapidamente os casos suspeitos. É importante que a tecnologia trabalhe a nosso favor”, cobrou Reis.
Este é o quarto assassinato de motoristas de aplicativos em Curitiba. Pouco antes de o cadáver de Nichel ser encontrado, o carro dele, um Nissan Livina, foi encontrado incendiado no bairro Alto Boqueirão, também no domingo. Curitiba lidera o ranking de assassinatos de motoristas de aplicativos, segundo a Associação Brasileira dos Motoristas Autônomos por Aplicativo (Abmap).
“Precisamos de mais segurança urgente. Esses dias mesmo um traficante entrou no meu carro solicitando que eu fizesse uma ‘correria’ com ele no Parolim. Eu pedi desculpas e disse que não iria, mas ele mostrou uma arma e me obrigou”, reclama o motorista Ernandes Mauricio Vertuan, 38, que trabalha na Uber há um ano e meio e está no protesto no Palácio Iguaçu.
O caso anterior mais recente foi no fim de abril, do motorista Ricardo Gonçalves Habitzreuter, cujo corpo foi encontrado na Represa do Passaúna, em Araucária. Horas depois de o corpo do jovem ter sido achado, os suspeitos que estavam com o carro da vítima, um Renault Logan, causaram um acidente e fugiram. A colisão, que envolveu outros dois veículos, aconteceu na Linha Verde, no Tatuquara, e matou um técnico de TV.
Segundo a Polícia Civil, dois inquéritos foram abertos paralelamente para investigar o caso, um pela Delegacia de Araucária – para apurar o assassinato –, e outro pela Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran) – que vai apurar o acidente que vitimou o técnico de TV.
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