Queixa de vizinhos levaram o Ministério Público do Paraná (MP-PR) a instaurar inquérito civil para investigar uma igreja na Rua Visconde de Nácar, no Centro de Curitiba, por poluição sonora. A acusação é contra a Igreja Maranata, que, segundo a Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente, não tem autorização de funcionamento emitida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), nem laudo de vistoria assinado pelo Corpo de Bombeiros - o que põe em risco a reunião de pessoas no imóvel.
Segundo o MP-PR, as irregularidades foram descobertas durante os procedimentos comuns exigidos no trâmite do inquérito. A SMMA foi acionada para fazer medição do ruído no local, mas respondeu à promotoria que não teria como colaborar com o laudo já que a igreja não tem licença na pasta. O Corpo de Bombeiros respondeu que também não recebeu nenhum pedido de vistoria no imóvel.
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O MP-PR aguarda agora resposta da Secretaria Municipal de Urbanismo sobre a situação da documentação e dos alvarás da igreja. Depois, os responsáveis pela igreja serão notificados e terão um prazo para correr atrás das regularizações. Caso isso não ocorra, a promotoria pode até pedir a interdição da igreja, como já ocorreu em outros casos.
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Em 2017, ao menos duas igrejas evangélicas de Curitiba foram interditadas a pedido do Ministério Público por causa do barulho. Em julho, uma unidade da Assembleia de Deus - Ministério Levando Vida Através da Palavra – , na CIC, foi interditada pela Justiça. A igreja também tinha licença ambiental irregular e foi alvo de diversas reclamações de vizinhos incomodados com a poluição sonora em níveis acima do permitido pela legislação. Depois, outra igreja, também sem alvará de funcionamento e nem licenciamento ambiental, foi interditada no Jardim Aliança, no bairro Santa Cândida.
Procurada pela reportagem na manhã desta sexta-feira (13), a administração da Igreja Maranata ainda não se manifestou sobre as irregularidades encontradas.
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