Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) bloqueiam desde a manhã desta segunda-feira (17) a Rua Doutor Faivre entre a Avenida Sete de Setembro e a Avenida Visconde de Guarapuava, no Centro. A interdição começou por volta das 8h10, nas proximidades do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que seguia ocupado por manifestantes por volta das 19 horas. Cerca de 800 membros do MST estão no local, segundo a coordenação do movimento.
Devido ao bloqueio, o trânsito em toda a região da Rodoferroviária é complicado, principalmente durante os horários de pico. A Secretaria de Municipal de Trânsito (Setran) orienta quem precisa ir do Capão da Imbuia para o Centro que utilize caminhos alternativos, como a Rua José de Alendar, a Rua Padre Germano Meyer e a Rua da Paz, para acessar a Avenida Visconde de Guarapuava ou a Rua Comendador Macedo a partir da Avenida Pres. Affonso Camargo. Há uma faixa liberada na Rua Dr. Faivre para que os moradores acessem suas garagens.
Durante a tarde, representantes do movimento se reuniram com a Superintendência Regional do Incra para conversar sobre as demandas dos acampamentos. Para terça-feira (18) está marcada uma reunião sobre a infraestrutura nos acampamentos. Apesar dos encontros, o bloqueio na via no Centro da capital segue por tempo indeterminado, segundo a assessoria de imprensa do MST.
Protesto
Os sem-terra protestam a favor da Reforma Agrária em diversas regiões do estado, em especial na região de Porecatu e Quedas do Iguaçu. O grupo reivindica o assentamento de 11 mil famílias distribuídas em 70 acampamentos no Paraná. “Algumas dessas famílias estão nessa situação há mais de 15 anos. Elas estão em terras que foram declaradas improdutivas ou que estão com devedores da União”, disse um dos coordenadores do MST no estado, José Damasceno.
O segundo ponto de reivindicação dos manifestantes é o desenvolvimento dos assentamentos no estado. Segundo Damasceno, as áreas precisam de investimentos em desenvolvimento social e produtivo para que as famílias continuem a desenvolver a terra.
Com colchões e caixas de frutas, os manifestantes também estão armando acampamento em frente à sede do Incra. A iniciativa ocorre em todo o Brasil, uma vez que o movimento celebra nesta segunda-feira o Dia Internacional da Luta pela Reforma Agrária.
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