Quando Amanda de Lima dos Santos, de 25 anos, saiu de casa na manhã desta terça-feira (4) para dar à luz ao seu bebê no Hospital do Trabalhador, nunca imaginou que ele nasceria às margens da BR-116, no km 121, sentido Curitiba. O parto foi realizado pela equipe de socorristas da concessionária Arteris Planalto Sul, que cuida do trecho onde a criança nasceu. O parto não teve complicações e tanto a mãe quanto o bebê passam bem.
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O nascimento de Antonela Vitória dos Santos de Lima já era considerado, literalmente, uma vitória para a família. A recém-nascida teria três irmãos, se não fosse pelo falecimento da segunda filha no momento do parto. “Nós já demos esse nome porque o nascimento dela já era uma vitória para nós. Agora então, não tenho nem palavras para explicar o que sinto”, emociona-se a mãe.
A gestante saiu de sua casa, na área rural do município de Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, com seu marido e mãe. Ela estava de 39 semanas de gestação quando a bolsa d’água, que envolve o bebê no útero, estourou. “Da minha casa até a rodovia dá 17 km de estrada de chão. Com o carro passando pelos buracos e pedras minhas contrações foram aumentando”, conta Amanda.
Quando a família chegou ao km 149, a mãe de Amanda ligou para a equipe de resgate da Arteris Planalto Sul. Primeiramente, uma ambulância base, com três socorristas, foi encaminhada ao local. Mas, ao verem que Amanda estava próxima a dar à luz, uma ambulância avançada foi enviada ao local, com um médico, enfermeira e socorrista condutor.
A equipe de socorro avançada seguiu viagem rumo ao Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Mas, no km 121 (25 minutos de distância do hospital), Amanda iniciou o trabalho de parto. “Nós paramos a ambulância em um local seguro e iniciamos o parto. A menina nasceu coradinha e chorosa, foi um momento muito emocionante”, conta o médico que realizou o parto, Dantas Germano Mousquer.
A mãe diz que por conta da dor, não conseguia pensar direito na situação que a filha nasceria. Ela apenas entregou a situação nas mãos do médico. “O sentimento foi de alívio. Quando ouvi o choro da Antonela, o momento foi de muita alegria e emoção”, relata a mãe.
O nascimento foi realizado dentro da própria ambulância. Segundo Mousquer, a mãe e o marido de Amanda ficaram do lado de fora quando a equipe trabalhava, para que o parto fosse bem sucedido. “Meu marido estava nervoso desde que a bolsa estourou lá em casa. Ele não sabia o que fazer”, brinca Amanda.
Para o médico da equipe, a situação é incomum. “Não é todos os dias que uma criança nasce no meio de uma rodovia. Eu já realizei quatro nascimentos no meio da estrada e é sempre muito emocionante”, conta o médico.
Após o nascimento da menina com 3655 kg e 50 cm, a família seguiu rumo ao Hospital do Trabalhador onde a mãe e filha seguem em recuperação. “Ela chegou aqui, mamou e dormiu. Ela é bem boazinha”, diz a mãe.
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