Suspeito de assediar uma mulher em um ônibus da linha Curitiba-Araucária, um homem foi preso no fim da tarde desta terça-feira (5), pela Guarda Municipal (GM) de Araucária. O encaminhamento do assediador para a delegacia só foi possível porque a vítima gritou quando percebeu que o homem esfregava as partes íntimas em seu ombro. Logo em seguida, outros dois passageiros impediram a saída do infrator até a chegada da guarda. Esse é justamente o procedimento indicado pela delegada Samia Coser, titular da Delegacia da Mulher de Curitiba, para conseguir autuar assediadores.
Saiba o que fazer em caso de assédio em ônibus
O suspeito — uma rapaz de 24 anos de idade — estava com as calças abertas quando foi flagrado pelos passageiros. De acordo com o coordenador da GM de Araucária, Eude Carlos Ederman, o homem foi abordado e detido pelos oficiais no Terminal Vila Angélica. Logo em seguida, admitiu que essa não foi a primeira vez que praticou assédio em ônibus. “Ele nos disse que já tinha feito isso pelo menos outras duas vezes”, explica Ederman.
Segundo o coordenador, o homem foi encaminhado para a Delegacia de Araucária, onde a vítima registrou Boletim de Ocorrência. Ele assinou um termo circunstanciado e deve responder por assédio sexual em liberdade. “Esse é o quarto caso similar que acontece no último mês em Araucária. É muito bom ver que as pessoas estão denunciando e muito importante para que esse tipo de situação diminua cada vez mais”, opina o coordenador.
Outras dezenas de casos de assédio têm sido denunciados na região de Curitiba em 2017. Só na própria capital, até setembro deste ano, 40 assédios em coletivos foram registrados. No mesmo período, 17 pessoas foram presas por suspeita de praticarem atos obscenos ou libidinosos no transporte público.
O que fazer
O caso desta terça-feira (5) mostra exatamente qual é o melhor maneira de uma vítima de assédio agir: segundo a delegada Samia Coser, titular da Delegacia da Mulher da capital, o melhor meio de fazer com que o agressor seja punido é denunciar o ato na hora, mantendo-o dentro do veículo até a chegada das autoridades.
Impedir que o suspeito deixe o veículo é especialmente importante por causa da ausência de câmeras nos ônibus. Previstos por lei, os equipamentos de filmagem nos coletivos da cidade seriam uma maneira de comprovar que o assédio acontecer e encontrar o suspeito.
Além disso, a presença de testemunhas é muito importante para comprovar o ato. Para chamar a guarda municipal para atender a ocorrência, basta ligar para o telefone 153.
Colaborou: Cecília Tümler
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