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Delicadeza do grupo de mulheres fez a diferença no restauro do Museu Alfredo Andersen. | Levy Ferreira/Prefeitura de Curitiba
Delicadeza do grupo de mulheres fez a diferença no restauro do Museu Alfredo Andersen.| Foto: Levy Ferreira/Prefeitura de Curitiba

Mulheres em vulnerabilidade social estão participando do restauro do Museu Casa Alfredo Andersen, no bairro São Francisco, em Curitiba. O grupo de oito mulheres, atendidas pela Casa da Mulher Brasileira (CMB), estão sendo capacitadas pelo projeto RestaurAÇÃO, iniciativa da artista e restauradora Tatiana Zanelatto, da ONG Unicultura. Elas fazem o restauro da pintura original de uma das salas que guarda o acervo do pintor e escultor norueguês Alfredo Andersen, radicado no Paraná no início do século passado.

O museu, mantido pela Secretaria Estadual de Cultura, deve ser reaberto 7 de dezembro. A formação das mulheres, entretanto, termina 14 de dezembro. “Elas sairão capacitadas e qualificadas como auxiliares de restauro. A ideia é abrir portas no mercado de trabalho”, explica Tatiana.

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O ambiente escolhido para as mulheres fazerem o restauro é o quarto de Andersen. A ideia é de que o cômodo tenha as mesmas características de 1915, o que orgulha as participantes do trabalho. “Esse projeto mudou muita coisa em mim: me ensinou sobre paciência, ajudou a restaurar a minha alma e me mostrou a arte de uma nova forma”, revelou uma das mulheres em situação de risco que preferiu não revelar o nome.

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Delicadeza

O trabalho das mulheres fez a diferença na qualidade do trabalho. A delicadeza e concentração do grupo, manuseando bisturis para remover oito camadas de tinta até chegar ao revestimento original, fizeram a diferença no restauro. “Quando a gente encontra a camada original é preciso ainda mais cuidado para não danificar. Junto com a leveza, colocamos muito sentimento. Nesse processo é como se estivéssemos removendo camadas de nós mesmas”, afirma outra participante do projeto.

As aulas começaram em setembro no próprio museu e na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). A remuneração das alunas foi possível pela Lei de Mecenato, da Fundação Cultural de Curitiba, com apoio da iniciativa privada.As mulheres tiveram bolsa-auxílio na ajuda do transporte e alimentação, além de toda a capacitação.

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