Os servidores municipais devem voltar a discutir os rumos da greve nesta terça-feira (20), após a votação na Câmara Municipal de Curitiba do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN). De acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), caso a votação do chamado “pacotaço” seja concluída nesta terça-feira, novas assembleias devem ser realizadas com as categorias para decidir os próximos passos da paralisação.
Apesar da possibilidade de prolongamento do movimento de paralisação, a segunda semana de greve dos servidores municipais de Curitiba começou com menor adesão dos trabalhadores ao movimento, de acordo com a prefeitura de Curitiba. Conforme dados da Secretaria Municipal de Educação, 47 unidades não funcionaram normalmente nesta segunda-feira (19), sendo que 29 ficaram fechadas enquanto 18 fizeram atendimento parcial. Servidores de 46 escolas e um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) aderiram à greve.
No primeiro dia de greve (12), os números da prefeitura indicavam que o dia começou com o atendimento comprometido em 118 unidades da rede de ensino municipal, sendo que 86 ficaram fechadas e 32 tiveram atendimento parcial. À tarde, eram 72 unidades fechadas e 68 com atendimento parcial. No segundo dia do movimento, 150 unidades tiveram seus atendimentos comprometidos, sendo que 73 ficaram fechadas.
O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) afirma que um balanço de adesão não foi feito nesta segunda-feira. No início da greve, a estimativa do sindicato era de 100 das 185 escolas municipais estavam fechadas. Para esta semana, a expectativa é que a paralisação se intensifique nesta terça-feira (20), quando o pacote de ajuste fiscal volta à pauta da Câmara Municipal de Curitiba.
A prefeitura diz ainda que as unidades de saúde e unidades de pronto atendimento funcionam normalmente desde o início do dia. Contudo, conforme o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que representa os funcionários das unidades de saúde e dos CMEIs, entre outros, servidores de 202 locais de trabalho aderiram à paralisação.
Greve
A greve iniciada na segunda-feira passada (12) é motivada pelo chamado “pacotaço” encaminhado pelo prefeito Rafael Greca (PMN) à Câmara Municipal de Curitiba e colocado em votação em regime de urgência. Entre as propostas a que a categoria se opõe estão as mudanças no sistema previdenciário do município; a suspensão da data-base e dos planos de carreira dos servidores; o leilão de dívidas da prefeitura e a criação de uma lei de responsabilidade fiscal municipal.
Na semana passada, os servidores conseguiram o adiamento da votação ao romperem a grade de isolamento e impedirem vereadores e funcionários da Câmara de entrarem no prédio.