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Delegado Gastão Schefer Neto, que é morador do Santa Cândida e se envolveu em confusão com manifstantes pró-Lula. | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
Delegado Gastão Schefer Neto, que é morador do Santa Cândida e se envolveu em confusão com manifstantes pró-Lula.| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

O delegado da Polícia Federal (PF) Gastão Schefer Neto, 45 anos, se manifestou pela primeira vez a respeito da confusão em que se envolveu com manifestantes pró-Lula no começo de maio. Morador do bairro Santa Cândida, endereço da Superintendência da PF em Curitiba e onde está o acampamento petista, Schefer admitiu ter chutado a caixa de som dos manifestantes. O policial também afirma ter participado na última segunda-feira (14), junto com moradores do Santa Cândida, de uma reunião com a governadora Cida Borghetti para solicitar uma solução para a vigília.

VÍDEO: Assista à entrevista de Gastão Schefer Neto à Gazeta do Povo

“Não fiz aquilo como delegado. Fiz como cidadão, como pai, que não suporta mais aquela barulheira”, afirmou sobre o bate-boca que teve com manifestantes. “Fui lá e derrubei aquela caixa de som. Fui eu mesmo que fiz. Mas não foi um ato pensado. Minha filha não tinha dormido a noite toda e eu também, ouvindo ela chorar e o barulho lá fora”, relatou Scheffer.

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Nesta terça-feira (15), Scheffer participou de uma entrevista coletiva ao lado da advogada Patrícia de Castro Busatto, que representa os moradores do bairro que pedem a saída do acampamento. Eles prometem impetrar na Justiça um mandado de segurança contra a prefeitura de Curitiba e o governo do estado para cobrar o cumprimento do interdito proibitório que impede a permanência dos manifestantes no local.

O policial federal explica que a confusão começou por volta das 8h daquele dia, quando a filha dele não havia conseguido dormir e os manifestantes iniciaram o protesto em grupo em que dão bom dia ao ex-presidente Lula, preso na carceragem da PF desde 8 de abril. “Naquele momento, duas deputadas começaram a gritar o mantra petista. Então não tive dúvida. Fui lá e derrubei a caixa de som. Mas não foi nenhum ato pensado”, ressaltou Scheffer. “Naquele momento não era o delegado. Agi como Gastão mesmo, como cidadão”, diz o policial.

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Scheffer segue cobrando uma solução por parte do poder público em relação à vigília. “Aquele lugar não é feito para manifestação. É uma via pública. Seria fácil o poder público proibir essas pessoas [de continuar no bairro]”, opinou Scheffer. “O bairro está parecendo uma favela, cheia de baratas do lixo que eles deixam nas ruas”, afirmou o delegado.

O delegado da PF foi candidato a deputado federal em 2014 pelo Partido da República (PR). Ele conseguiu cerca de 23 mil votos. Ele também já foi diretor da Associação dos Delegados da Polícia Federal do Paraná (ADPF-PR).

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