Neblina que baixa, sol que racha. Muita gente deve ter pensado nesse ditado popular na manhã desta sexta-feira (21) de pouca visibilidade causada pelo fenômeno, o que causou até o fechamento do Aeroporto Afonso Pena para pousos. Segundo o Climatempo, empresa de serviços de meteorologia, a sabedoria popular, neste caso, é confiável. O sol realmente chega depois deste fenômeno que afeta principalmente estradas e aeroportos.
- Neblina forte fecha Aeroporto Afonso Pena para pousos
Gráfico: Veja o que um nevoeiro pode causar
De acordo com o serviço de meteorologia, isso faz parte de um ciclo. A neblina, forma popular de chamar o nevoeiro, é formada quando há predomínio de massa de ar polar sobre a região. Neste cenário, o céu praticamente não apresenta nebulosidade e o calor adquirido durante o dia com o aquecimento do sol é perdido rapidamente.
Essa condição reflete em uma noite mais fria do que quando há nuvens no céu e num resfriamento muito grande. Isso faz com que a umidade se condense próximo ao solo, resultando no nevoeiro. “O nevoeiro é uma nuvem, mas com a base próxima ao solo. São gotículas de água extremamente pequenas e que ficam em suspensão perto da superfície”, diz a meteorologista Josélia Pegorim.
O fenômeno demanda umidade alta no ar, sempre acima de 90%, e pode ocorrer em cidades e campos ou até mesmo sobre o mar, rios e lagos. As áreas mais favoráveis costumam ser serras, vales e trechos de baixadas de estradas.
Conforme o Climatempo, os nevoeiros reduzem a visibilidade horizontal para menos de mil metros de distância. Em alguns casos, também pode garoar. A condição só se desfaz quando o sol aparece e há o aquecimento do ar. Mas a situação pode ocorrer novamente na madrugada seguinte, caso não haja previsão para chuvas na região.