Alívio para usuários do transporte público de Curitiba, as faixas exclusivas de ônibus vão avançar para novos trechos da capital. Ao menos três projetos já finalizados podem ser implementados até o fim de 2019 na região central de Curitiba. Além desses, outros cinco ainda estão sendo estudados pela prefeitura - dois deles em extensões das avenidas Getúlio Vargas e Iguaçu.
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Segundo a Superintendência Municipal de Trânsito (Setran), podem sair do papel ainda neste ano as faixas nas ruas João Negrão (entre a André de Barros e a Almirante Gonçalves), Emiliano Perneta (entre a Dr. Muricy e a Visconde de Nacar) e Amintas de Barros (a partir da General Carneiro até a Ubaldino do Amaral), essa última prolongamento do mais recente trecho inaugurado, da Presidente Faria até a General Carneiro.
"São trechos em que é só mudar a sinalização, fazer pequenos ajustes na geometria. Podemos implantar, ainda quem sabe, neste ano", explica a superintendente de Trânsito de Curitiba Rosangela Battistella sobre as próximas vias que podem entrar no sistema, implantado na capital em 2014.
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Dependente de projetos ainda não finalizados – e, portanto, sem uma data para começar a funcionar – outras três faixas exclusivas estão em estudo por equipes da prefeitura de Curitiba. Uma delas, se sair do papel, promete facilitar a vida de estudantes e servidores da PUCPR que usam o transporte coletivo, pois prevê separar para o deslocamento de ônibus uma das faixas da rua Imaculada Conceição, da estação-tubo da PUC até a Linha Verde.
O segundo trecho que vem sendo analisado é a Marechal Deodoro, da Praça das Nações até a Ubaldino da Amaral, o que diminuiria o tempo de trajeto de coletivos que ligam a região do Alto da XV ao Centro.
Além disso, a prefeitura também mantém em estudo a possibilidade de levar uma faixa exclusiva para a Avenida Presidente Kennedy, entre a rua Ponta Grossa até a Avenida República Argentina – trecho de trânsito denso por causa de dois shoppings localizados na região.
Em todos os casos, também estão sendo levantadas alternativas para fazer com que o fluxo de carros não sintam o impacto da mudança, como redução de tamanhos de canteiros ou exclusão de áreas de estacionamento rotativo, por exemplo.
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O resultado positivo que as faixas exclusivas vêm acumulando em Curitiba – em alguns casos o tempo de deslocamento dos ônibus caiu até 74% - tem feito a prefeitura pensar em estender as faixas para vias onde o problema de trânsito é crônico, como as avenidas Getúlio Vargas e Iguaçu, que ligam diferentes bairros da capital e praticamente param nos horários de pico.
Nas duas vias, os projetos são mais longos e complexos. Quanto à Avenida Iguaçu, a previsão é de que a faixa se estenda da Rua Desembargador Westphalen, no bairro Rebouças, até a Arthur Bernardes, no Santa Quitéria. Na Getúlio Vargas, que faz a ligação inversa, o sistema seria da Arthur Bernardes até a Marechal Floriano, com parte do trecho assumido como obra de mitigação pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), inaugurada na região em novembro de 2017.
"É algo bem mais complexo. Eu diria até que para uma próxima gestão, pois precisa ser licitado um projeto para depois fazer implantação dessas faixas", pondera Rosangela. "Tem muita coisa ainda para se pensar".
Ao todo, as sete faixas já somam juntas oito quilômetros e beneficiam 80 linhas e mais de 309 mil usuários do sistema na capital por dia. Prevista no Código de Trânsito Brasileiro, a infração cometida por motoristas que usam faixas exclusivas para se deslocar é considerada gravíssima. A falta ocasiona a perda de 7 pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 293,47, além da possibilidade de remoção do veículo.