Um novo arrastão ocorreu em uma casa do bairro Mercês por volta das 15h, em Curitiba, na quinta-feira (3). O alvo dos bandidos fica na Rua Mamoré, mesma via das outras três casas assaltadas em um mesmo dia, em abril de 2019. Cinco meses depois da situação que gerou insegurança dos moradores no bairro, a Polícia Civil ainda não identificou os responsáveis e acredita que o novo caso esteja interligado com os outros.
Imagens de uma câmera de segurança registraram a ação dos assaltantes da quinta. No meio da tarde, eles estacionaram o carro ao lado da casa e dois homens desceram do carro e tocaram a campainha. Ao verem que ninguém atendeu, eles puxam o portão da casa e o logo um terceiro indivíduo saiu do veículo carregando uma ferramenta para cortar a grade e entrar na casa.
Feito isso, eles abriram o portão e o carro entrou na residência. Os assaltantes levam TVs e diversos materiais fotográficos, gerando o prejuízo de R$ 25 mil. O que assusta a vítima é que eles levarem apenas 10 minutos para terminar toda a ação. Além disso, ele e a filha chegaram à residência 14 minutos depois que os criminosos foram embora com os pertences.
“Eu trabalho em casa e normalmente estou lá neste horário. O que me assusta é que eu saí e cheguei com a minha filha, de 14 anos, logo depois de que eles entraram na casa”, diz a vítima que não quis se identificar.
Após o susto, o morador ligou para a Polícia Militar, que informou ao morador que em casos como esse, em que não há nenhuma vítima, a PM não vai até o local. “Eles falaram que como eu não tinha nenhuma imagem [porque ainda não sabia que a câmera do vizinho tinha filmado] e nenhuma vítima, eles não iriam até o local e eu deveria ligar no 197 [telefone da Polícia Civil] para fazer um boletim de ocorrência”, conta. A PM não se manifestou até o fechamento da matéria sobre o procedimento-padrão adotado por eles em casos como esse.
O morador fez o B.O na Polícia Civil nesta sexta-feira (4). À reportagem, a polícia informou que os casos de abril e de quinta estão interligados, mas que não fornecem mais informações para não atrapalhar as investigações.
Enquanto os casos não são solucionados, os moradores da região continuam com o sentimento de insegurança. “A gente acha que tem segurança dentro de casa, investe em porta de ferro, em portão, e vê que na verdade não há segurança alguma”, lamenta a vítima.
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