| Foto: Dirceu Portugal o Gazeta do Povo/Arquivo

Aquela velha história de que é impossível recuperar um celular ou qualquer outro objeto roubado pode, muito em breve, se tornar coisa do passado. Uma nova iniciativa da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp) pretende otimizar o trabalho de identificação de produtos apreendidos, facilitando a localização de seu devido dono — e tudo a partir do velho boletim de ocorrência.

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A ideia é ampliar o banco de dados usado pelas policias civil e militar. Como explica o responsável pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape), capitão Rodrigo Perim, o objetivo é integrar outras fontes de informação para descobrir quem foi a vítima não apenas pela queixa, mas pelo produto em si. E, para isso, até mesmo dados do programa Nota Paraná podem servir como base.

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No caso de um celular roubado obtido em alguma apreensão, por exemplo, a polícia consegue rastrear o seu real proprietário a partir de um número de série ou pelo próprio registro feito na nota fiscal na hora da compra. Cruzando esses dados com informações fornecidas pelo cidadão no registro do B.O., a Sesp conseguiria localizar esse dono. “Quando uma pessoa faz um B.O, ela quer recuperar seu objeto. E a proposta é tornar isso possível”, aponta Perim.

Em tese, a novidade funciona de forma semelhante aos bancos de dados online criados para informar roubos de carros. Nesses sites, o usuário cadastra a placa do veículo e basta uma única checagem para saber se ele pertence àquela pessoa ou não. “A própria polícia utiliza esses serviços e agora queremos expandir essa lógica para outros produtos”, afirma o coordenador do Cape. “Em uma abordagem, será muito mais fácil saber se o bem foi roubado”.

Ainda assim, ele lembra que a novidade não substitui o velho B.O. e que as pessoas ainda devem fornecer o máximo de informações na hora de registrar um boletim, já que esses detalhes servem não apenas para recuperar o bem roubado, mas também no planejamento estratégico da Sesp.

Na palma da mão

A intenção da Cape é fazer com que os policiais tenham acesso a esse banco de dados em qualquer lugar e de forma prática. Para tanto, essa nova funcionalidade deve funcionar com smartphones e tablets, não dependendo de aparelhos específicos para a consulta.

De acordo com Perim, a meta é lançar esse sistema até o fim do ano que vem. E, embora pareça um pouco longe, ele destaca que os primeiros resultados são bem expressivos e positivos.

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