A implantação do novo ligeirão Norte-Sul, que vai ligar o terminal do Santa Cândida até a estação Bento Viana, no bairro Batel, eliminou a área de circulação compartilhada entre veículos e ciclistas por duas quadras na Avenida Sete de Setembro. O trecho corresponde ao caminho pelo qual, a partir de 28 de março, os novos biarticulados farão o contorno pela Praça do Japão.
Por isso, agora, quem se deslocar de bicicleta no trecho entre o Colégio Santa Terezinha de Menino Jesus até o final da praça do Japão não terá mais as faixas exclusivas, que serão retiradas, segundo a prefeitura de Curitiba, por segurança. Uma placa indicando o fim do compartilhamento no local já foi instalada no local.
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A Superintendência Municipal de Trânsito (Setran) explicou, no entanto, que a retirada da faixa não impedirá os ciclistas de continuarem a circular pela via, entre os carros, já que esta possibilidade é prevista no Código de Trânsito. No entanto, a orientação é de que neste trecho os ciclistas desembarquem de suas biclicletas e caminhem com a bike ao lado nas calçadas.
“O ciclista pode continuar na via, mas por conta e risca dele. Ele tem que lembrar que vai ter carros e um ônibus circulando por ali também. Esse ônibus não vai estar com pessoas, mas esse giro que ele vai fazer para voltar à Sete de Setembro é um movimento perigoso”, justificou a engenheira responsável pela Setran, Rosangela Battistella.
Além disso, um trecho de ciclovia que passava por dentro da Praça do Japão- no caminho que agora será do biarticulado - também foi retirado.
Polêmicas
Essa não é a única polêmica que surgiu com a implantação do ligeirão Norte-Sul. Para que os ônibus fizessem o contorno, a prefeitura fez modificações na Praça do Japão que não agradaram os moradores da região.
O assunto foi parar na Justiça depois que o Ministério Público pediu a suspensão das obras, alegando falta de transparência no processo. Além disso, moradores que criticaram a falta de diálogo se manifestaram contra as obras que alteraram os limites da praça. Houve protesto e até mesmo bate-boca com o prefeito Rafael Greca (PMN), que, mais tarde, chegou a falar que a oposição às obras era coisa “ de madame”.
Ao fim, a Justiça acabou negando o pedido de paralisação por entender que a paralisação dos trabalhos poderia ocasionar prejuízos ao projeto, à população e aos cofres públicos, já que cerca de R$ 16 milhões chegaram a ser investidos.
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