A nova linha do Ligeirão Norte-Sul, que vai começar a operar no dia 28 de março, terá oito paradas entre o terminal do Santa Cândida e a Praça do Japão. É a metade do total de pontos atendidos pelos biarticulados que atualmente fazem o mesmo percurso, seguindo adiante até o terminal do Capão Raso.
Entenda o que muda com o Ligeirão Norte-Sul
Segundo a prefeitura, os pontos serão, além do terminal Santa Cândida e o tubo final, a estação Bento Viana, os terminais Boa Vista e Cabral e as estações Passeio Público, Central (Praça Santos Andrade), Eufrásio Correia e Oswaldo Cruz. Pelos cálculos da prefeitura, a parada em menos estações encurtará o trajeto entre o Santa Cândida e a Praça do Japão em 20 minutos.
Capaz de atender cerca de 36 mil passageiros por dia, a nova linha exigiu adaptações na região do seu ponto final no Batel. O assunto foi parar na Justiça depois que o Ministério Público pediu a suspensão das obras, alegando falta de transparência no processo. Segundo a promotora Aline Bilek Bahr, o município violou os princípios da gestão democrática ao não possibilitar espaços de participação popular para que os moradores da região e outros moradores de Curitiba pudessem opinar sobre o processo.
E realmente a falta de discussão gerou revolta. Moradores que criticaram a falta de diálogo se manifestaram contra as obras que alteraram os limites da Praça do Japão. Houve manifestação e até mesmo bate-boca com o prefeito Rafael Greca (PMN), que, mais tarde, chegou a falar que a oposição às obras era coisa “ de madame”.
Ao fim, a Justiça acabou negando o pedido de paralisação por entender que a paralisação dos trabalhos poderia ocasionar prejuízos ao projeto, à população e aos cofres públicos, já que cerca de R$ 16 milhões já foram investidos nesta primeira etapa, em que o ligeirão fará um percurso de 11 km.
Mas, conforme a prefeitura, a alteração na praça do Japão servirá apenas até a conclusão da segunda etapa do projeto - quando a linha chegar até o terminal do Pinheirinho. Quando esta extensão for concluída, ainda sem previsão, os ônibus seguirão aos terminais do Portão, Capão Raso e Pinheirinho sem precisar contornar a praça.
Para a execução da segunda etapa, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) conseguiu aprovar com a Caixa Econômica Federal cinco projetos, no total de R$ 15 milhões, para as obras de ultrapassagem nas estações Silva Jardim, Dom Pedro I, Morretes, Carlos Dietzsch (Igreja do Portão) e Itajubá.
Segundo a prefeitura, a licitação das obras começará tão logo os recursos forem liberados.