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Sem o semáforo, motoristas levam o dobro do tempo para  cruzar a região e formam enormes filas sob a Linha Verde | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Sem o semáforo, motoristas levam o dobro do tempo para cruzar a região e formam enormes filas sob a Linha Verde| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O novo sinaleiro da Linha Verde Norte, em frente ao Hospital Vita, vai entrar em funcionamento nesta quarta-feira (6), conforme afirmou a prefeitura de Curitiba. A mudança de local e a reativação do equipamento prometem acabar com os congestionamentos e melhorar o fluxo de veículos na região — um dos principais pedidos dos motoristas que utilizam a trincheira que liga o Bairro Alto ao Bacacheri.

As reclamações sobre o trânsito na região são antigas, mas se intensificaram há cerca de duas semanas, quando o sinaleiro que permitia aos motoristas cruzarem a Linha Verde foi desligado para a continuidade das reformas na via. O equipamento foi deslocado cerca de 300 metros no sentido Norte e instalado em frente à entrada do conjunto Colina Verde. Segundo a prefeitura, a Setran está terminando a sinalização horizontal e vertical no local para liberar o novo retorno.

Com o funcionamento desse novo sinaleiro, a administração municipal espera que os problemas diminuam na ligação entre os bairros. Por outro lado, o trânsito para quem segue sentido Sul da BR-476 deve piorar, já que o semáforo vai passar a interromper o fluxo no cruzamento. Nas últimas semanas, sem o equipamento, o tráfego era contínuo por ali.

As constantes mudanças no trânsito pelas ruas da região, causadas pelas obras da Linha Verde, exigem atenção redobrada dos motoristas. As obras da segunda trincheira entre Bairro Alto e Bacacheri já começaram e a promessa é que a nova construção seja a solução final para os problemas de trânsito entre os bairros.

Trânsito incomoda motoristas e comerciantes

O desligamento do antigo sinaleiro aumentou consideravelmente o tráfego nas ruas José Zgoda e Gustavo Rattman, vias que compõem a trincheira Bairro Alto/Bacacheri, além de outras vias no entorno. A falta de sinalização e a programação semafórica de alguns cruzamentos confundem e irritam motoristas que passam pelo local.

Para o carpinteiro Manoel Messias, de 44 anos, os motoristas se confundem ao tentar pegar a Linha Verde. “Muita gente não sabe que logo depois da trincheira tem uma saída. Aí vão até a Fagundes Varella, param no sinaleiro e pioram o trânsito. Chegando lá, o sinal é em três tempos, aí demora ainda mais”, reclamou. Para ele, a presença de agentes da Setran ajudaria no controle do tráfego.

O tempo de deslocamento dos moradores do Bairro Alto ao Centro costumava ser de 20 a 25 minutos. Agora, a maioria perde pelo menos 20 minutos apenas no congestionamento. “Tá muito ruim e é todo dia assim. Eu levo 45 minutos para ir até o Centro e não tem por onde fugir. Não adianta ir pelo Santa Cândida nem pela Avenida Victor Ferreira do Amaral”, reclamou o cabelereiro Dione Bertolli, de 63 anos.

Os problemas foram registrados pela reportagem pela manhã, mas, à tarde, eles se repetem no sentido contrário. “Perco muito tempo para ir, mas para voltar também. Vou buscar minha filha na escola por volta das 18h e trava tudo”, disse a bancária Gabriela Grochocki, de 29 anos.

Além dos motoristas, alguns comerciantes também reclamam dos congestionamentos. Apesar do grande fluxo de veículos, a dificuldade de estacionar e a irritação dos motoristas fez com que o movimento diminuísse.

“Piorou muito o movimento. A pessoa passa por aqui irritada e, às vezes, nem para. É buzina, grito e muitos acidentes”, reclamou José Luiz Schwab, dono de uma panificadora na esquina das ruas Santa Madalena Sofia Barat e Domingos Fernandes Maia, algumas das ruas que também estão sofrendo com os congestionamentos.

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