O curitibano acostumado a admirar a florada dos ipês amarelos pode se decepcionar neste ano. Isso porque o volume de flores nas árvores será bem menor neste mês de setembro, deixando o fim do inverno e o início da primavera um pouco menos coloridos na cidade. No entanto, não há motivo para preocupação. Embora um pouco mais apática, a situação é considerada normal, como explica o professor do curso de Ciências Biológicas da PUCPR, Luiz Antônio Acra. “É algo cíclico, natural da planta. Em alguns períodos, dá ótimas florações, com muita formação de sementes. Em outros nem tanto — e parece que é o caso esse ano”, aponta.
Confira fotos das primeiras (e poucas) flores deste ano
A incerteza vem da soma de vários fatores ambientais e genéticos, que podem contribuir para a variação no tempo e na intensidade da floração. A mudança brusca de temperaturas, o período mais prolongado de seca, a incidência de sol e a quantidade de polinizadores (abelhas) são algumas das condições que contribuem para essa variação.
Em alguns pontos da cidade, como em frente à Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no Jardim Botânico, as árvores já estão começando a florada, ainda que em menor quantidade. E, de acordo com Acra, mesmo essa escassez de flores já serve de prenúncio da primavera. “Caem todas as folhas do vegetal, e todo o conjunto de energia da planta fica voltado à floração. Quando começam as temperaturas mais amenas, começa a dar os picos de floração”.
Outro ponto que chama a atenção de quem passa pelas árvores é que as primeiras (e poucas) flores começaram a aparecem em pleno mês de agosto — ou seja, um mês para o início da nova estação. Contudo, isso pouco tem a ver com o baixo volume da floração neste ano. Segundo o especialista, inclusive, esse surgimento está dentro do previsto. “Esse ano está bem na época. Em alguns anos até antecipou, chegou a ser em julho, mas agosto é o período do ipê amarelo”, diz.
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