Depois de quase nove meses paradas, as obras de duplicação da Rodovia da Uva (PR-417) vão ser retomadas dentro de alguns dias. Os trabalhos haviam sido suspensos em agosto de 2017 após uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), que apontou irregularidades na licitação. A rodovia é uma das principais ligações entre Curitiba e Colombo, na Região Metropolitana, e deve contar com um trecho de 6,3 quilômetros de pistas duplicadas — o que deve custar cerca de R$ 32 milhões aos cofres públicos. A previsão é que a obra seja concluída em um ano.
A autorização para o reinício dos trabalhos foi assinada pela governadora Cida Borghetti (PP) na segunda-feira (14). Além da duplicação da pista, obras de revitalização no entorno também estão no projeto. Ao longo da via, serão feitas ciclovias e calçadas com rampas de acesso, semáforos, iluminação, canteiro central e paisagismo. O dinheiro do investimento é proveniente do Proinveste, um convênio firmado entre o governo do estado e o Banco do Brasil.
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A previsão é de que, nos próximos dias, máquinas e equipamentos já sejam levados para a PR-417. Haverá frentes de trabalhos simultâneas, envolvidas em pavimentação, muros de contenção e remanejamento de postes de energia elétrica.
Para o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), o Governo do Estado está desatando um nó ao retomar o projeto. “Isso será benéfico para todos, principalmente para os moradores de Colombo que trabalham na capital, mas usam a rodovia todos os dias para voltar para suas casas”, disse Greca.
A prefeita de Colombo, Beti Pavin (PSDB), prevê melhoria na acessibilidade até o município e na segurança. “Muitas vidas foram perdidas nessa rodovia por causa do trânsito caótico, constante durante todo o dia. Agora, vamos dar uma basta nessa situação”, apontou.
Linha do tempo
A duplicação desse trecho da Rodovia da Uva começou em 2010, mas apenas 15% dos serviços previstos no projeto foram executados. A empresa vencedora da licitação teve problemas e o contrato foi rescindido. O primeiro projeto previa investimento de R$ 11 milhões para a construção de mais uma pista.
Em 2013, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) realizou nova licitação, no valor de R$ 35,8 milhões. O projeto foi revisado e passou a incluir duas pistas marginais, ciclovias, novas calçadas com rampas de acesso, além de semáforos, iluminação, canteiro central e paisagismo. As obras foram interrompidas porque a empresa faliu quando tinha executado 30% do cronograma.
Por esse motivo, uma terceira licitação foi lançada em 2017, com previsão de investimentos de até R$ 42,4 milhões em um trecho de 6,2 quilômetros. Como noticiou a Gazeta do Povo, a concorrência nº 42/2017 foi suspensa por meio de medida cautelar do Pleno do TCE-PR. O colegiado acatou a proposição do conselheiro Nestor Baptista, que apontou uma série de irregularidades no certame.
O DER-PR respondeu as questões levantadas pelo órgão e, em fevereiro de 2018, o TCE-PR autorizou o reinício das obras, condicionadas ao cumprimento de algumas determinações, que foram acatadas pelo DER-PR. Porém, em março do mesmo ano, na iminência da ordem de serviço para retomada dos trabalhos, um dos conselheiros do tribunal determinou a mudança da empresa vencedora do certame.
No último dia 7 de maio, o TCE-PR publicou um Acórdão declarando oficialmente vencedora a empresa Tucumann Engenharia.
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