Oito ruas do bairro Centro Cívico, em Curitiba, podem ter cobrança de EstaR a partir de 2018. A proposta foi enviada à prefeitura pelo vereador Goura (PDT), e pretende aumentar a rotatividade das vagas ao redor dos prédios públicos, melhorar a mobilidade urbana e ainda incentivar o uso de meios alternativos de transporte. Como se trata de uma sugestão ao Executivo, caberá à administração decidir se acata ou não.
Confira abaixo as ruas que poderão ter EstaR
“Diversas ruas da cidade já têm EstaR, então não há motivo para não existir cobrança ao redor da prefeitura, do Palácio das Araucárias, Tribunal de Contas, Ministério Público e dos outros prédios localizados no Centro Cívico”, pontuou o autor da proposta.
A última inclusão de estacionamento rotativo na região ocorreu em junho de 2014, quando foram implantadas 304 vagas de curta duração para carros e motos, e também vagas preferenciais para idosos e deficientes. Depois disso, a prefeitura informou que nenhum pedido foi oficializado para implantação da cobrança.
De acordo com a Secretaria de Trânsito (Setran), a viabilidade técnica da proposta apresentada pelo vereador será avaliada e, se aprovada, pode entrar em vigor a partir de 2018, pois o cronograma de implantações do EstaR para este ano já está concluído.
Segundo a prefeitura, moradores e comerciantes de todos os bairros de Curitiba também podem solicitar novas áreas de EstaR quando a permanência de veículos parados o dia todo no mesmo local se tornar um problema. Basta entrar em contato pela central 156 para que a solicitação seja analisada pela equipe técnica.
A favor e contra
Para o agente comercial Fernando Johansson, 31, o assunto é urgente porque servidores e outros funcionários que trabalham no Centro Cívico deixam veículos estacionados nas vagas gratuitas durante todo o dia, prejudicando moradores e pessoas que precisam utilizar serviços na região por períodos menores. “Eles chegam 7h e saem somente às 17h”, afirmou.
Segundo ele, isso ainda contribui para o aumento no número de flanelinhas, que até cobram um valor mensal para cuidar de alguns dos veículos estacionados. “Clientes chegam a deixar a chave do carro com eles. É uma apropriação escancarada do espaço público”, desabafa.
De acordo com o vereador, não existe nenhuma lei que obrigue vagas gratuitas pela cidade e que ofertá-las é negativo para a mobilidade urbana. “No lugar de termos carros parados, poderíamos melhorar as calçadas ou criar faixas para bicicletas”, exemplifica o vereador. Ele também acredita que cobrar o estacionamento nas ruas da cidade incentiva motoristas a deixarem o automóvel individual em casa, estimulando o uso do transporte coletivo e das bicicletas. “Para isso, precisamos dificultar o uso do carro”.
O administrador David de Carvalho, 49, discorda do parlamentar. Para ele, a implantação do EstaR não impulsiona o uso dos ônibus. “O que incentiva isso é que o serviço oferecido seja bom, barato e confortável”. Por isso, ele afirma que a implantação do estacionamento rotativo não passa de uma forma de arrecadação, principalmente na geração de multas. “Sou totalmente contra”.
Saiba quais ruas do Centro Cívico ruas podem ter cobrança de EstaR em 2018:
Rua Mauá- Entre a Rua Marechal Hermes e a rua Campos Sales.
Rua Marechal Hermes - Entre a Praça Rio Iguaçu e a Travessa José do Patrocínio.
Rua Ivo Leão - Entre a Travessa José do Patrocínio e a Rua Ernâni Santiago de Oliveira.
Rua Ernâni Santiago de Oliveira - Entre a Rua Jacy Loureiro de Campos e a Rua Ivo Leão.
Rua Professor Benedito Nicolau dos Santos - Entre a Rua Conselheiro Raul Viana e a Rua Mateus Leme.
Rua Prefeito Rosaldo Gomes Mello Leito - Entre a Rua Ivo Leão e o Largo Melwin Jones.
Rua Conselheiro Raul Viana - Entre a Rua Deputado Mário de Barros e a Rua Professor Benedito Nicolau dos Santos.
Avenida Cândido de Abreu - Do início da avenida até a Rua Ernâni Santiago de Oliveira.
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