Uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu dois ônibus clandestinos na BR-476, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta segunda-feira (22). Os veículos não tinham a autorização necessária para trafegar e transportavam 41 passageiros, na sua grande maioria estrangeiros, que viajavam pelo país trabalhando como camelôs. Vindos de países como Bangladesh, Bolívia, Egito, Haiti, Paquistão, Senegal e Peru, eles faziam parte da chamada Feira do Brás, uma feira itinerante que vende produtos a um valor bem abaixo daquele praticado pelo comércio formal.
De acordo com a instituição, todos os estrangeiros estavam em situação legal dentro do país. A PRF afirmou que realizou todo o processo de verificação dos documentos e que, não encontrando nenhuma irregularidade, liberou os passageiros. Eles foram deixados na Rodoferroviária de Curitiba, para que pudessem seguir sua viagem em direção à capital paulista — desta vez, de maneira regular. Havia ainda quatro brasileiros nos veículos.
Sem banheiro
Mas o que realmente chamou a atenção foi a condição dos ônibus na hora da abordagem. Segundo a PRF, eles apresentavam uma situação precária de higiene, principalmente porque o acesso aos banheiros era bloqueado pelos produtos que eram entulhados à sua frente. Além disso, outros riscos à segurança também foram constatados, como o excesso de peso e o não funcionamento do tacógrafo.
O veículo tinha saído da cidade gaúcha de Lagoa dos Três Cantos e seguia com destino a São Paulo quando foi abordado pela Polícia Rodoviária. Os ônibus foram retidos. Como eles estavam sem a autorização de viagem exigida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), não podem transitar pelas rodovias e, por isso, ficarão apreendidos por pelo menos 72 horas no pátio da agência, em Fazenda Rio Grande.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano