A megaoperação realizada na tarde da última quarta-feira (04) que integrou forças da Guarda Municipal e policiais Militar e Civil no combate ao tráfico de drogas no Centro de Curitiba apresentou como resultado a apreensão de apenas 134 gramas de maconha. A ação contou 80 homens, dezenas de viaturas, cães farejadores e até o helicóptero da Polícia Civil.
Foram presos na operação uma mulher de 42 anos e um homem de 19, autuados em flagrante por tráfico. De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito, eles carregavam cerca de 112 g de maconha pronta para venda, além R$ 284 em dinheiro, um canivete e vários cachimbos para consumo de crack. Os dois já tinham passagem pela polícia por roubo e uso de drogas. Além deles, uma terceira pessoa foi apreendida também por consumo de entorpecentes, mas foi liberada logo após assinar um termo circunstanciado.
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O Grupo de Operações Especiais (GOE) e o Grupo de Operações com Cães (GOC) da Guarda Municipal também encontraram 35 buchas de maconha escondidas no chão e em meio às árvores, o que totalizou mais 22 gramas da droga.
Apesar do resultado pouco expressivo, o secretário de Defesa Social, Guilherme Rangel, antecipa que ações semelhantes devem se repetir em breve. “Queremos garantir um Centro cada vez mais seguro, demonstrando presença policial intensa e a integração das forças no combate à criminalidade. Nas próximas semanas, outras operações ostensivas como esta vão ocorrer”, afirma.
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Essa não é a primeira vez que agentes da Guarda Municipal participam de operações contra o tráfico e consumo de drogas no Centro nas últimas semanas. Ações semelhantes foram realizadas também na Avenida Sete de Setembro e nas ruas Trajano Reis, Paula Gomes, Cruz Machado e Saldanha Marinho. No entanto, em nenhuma dessas situações foi mobilizado um efetivo tão grande quanto o visto quarta-feira.
Em relação ao helicóptero, o delegado do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Polícia Civil, Renato Coelho, afirma que o uso serviu para garantir maior visibilidade durante a operação. “O apoio aéreo cobre uma área equivalente a 25 viaturas em solo, além de reprimir eventuais fugas de suspeitos”, diz.
Saturamento
Em nota, a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito afirma que a intenção de uma operação como esta é de saturar a venda e consumo de drogas no perímetro em que é realizada, numa demonstração da presença policial ostensiva. “O intuito da ação é diferente daquele empregado por unidades policiais específicas de combate ao tráfico de drogas, por exemplo, focada em cumprimentos de mandados judiciais e na apreensão de grande quantidade de entorpecentes, de responsabilidade de equipes da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil e da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal”, afirma a pasta.