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Suspeitos se apresentaram nesta quinta-feira na Delegacia de São José dos Pinhais. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Suspeitos se apresentaram nesta quinta-feira na Delegacia de São José dos Pinhais.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Outros dois suspeitos de envolvimento no assassinato do jogador Daniel, com passagem pelo Coritiba em 2017, se apresentaram à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (8). Ygor King, 19 anos, e David Willian da Silva, 18 anos, são suspeitos de participarem do espancamento de Daniel na casa do empresário Edison Brittes, assassino confesso do atleta, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Os dois tinham mandado de prisão temporária por 30 dias expedido pela Justiça.

Quarta-feira (8) a Polícia Civil prendeu em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, Eduardo Henrique da Silva, 19 anos, primo de Cristiana Brittes, esposa de Edison, também suspeito de participação no crime. Ele deve ser transferido para Curitiba ainda nesta quinta.

Os advogados de Ygor e David chegaram a pôr os dois à disposição da polícia já na segunda-feira (5). Entretanto, o delegado Amadeu Trevisan, responsável pelo caso, preferiu antes ouvir o depoimento de Edilson, que aconteceu quarta-feira (8).

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Os advogados dos rapazes, que atuam juntos, negam que eles tenham participado do assassinato, mas confirmam que eles estavam no carro quando o jogador foi tirado da casa por Edison. “Eles não participaram da morte do jogador. Eles estavam no carro. Eles ficaram amendotrados. Vamos dar mais informações amanhã, depois do depoimento”, disse o advogado Allan Smaniotto. Já o advogado Robson Domacoski considerou desnecessário pedido de prisão de seu cliente. “As testemunhas estão aqui com os advogados que nada devem. Eles estavam com medos e foram ameaçados. Para não atrapalhar as informações, amanhã vamos dar as declarações”, completou. Os dois devem prestar depoimento nesta sexta às 10h.

O caso

O corpo de Daniel Corrêa Freitas foi encontrado em um matagal em São José dos Pinhais no dia 27 de outubro com sinais de tortura: o pescoço estava quase degolado e o pênis decepado. Daniel veio a Curitiba participar da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edilson, no dia 26 de outubro. Após participar da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, o jogador foi para outra festa na casa de Edison Brites Jr, dono de um mercado em São José dos Pinhais.

À polícia, o empresário admitiu ter matado o jogador após tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa - versão questionada pela polícia. Daniel foi espancado na casa da família e levado para um matagal no porta-malas do carro de Edison. Segundo o empresário, ele decidiu matar o atleta com uma faca que tinha no carro. Entretanto, a polícia investiga se ele não pegou a faca de dentro de casa.

Daniel chegou a enviar via Whatsapp a um amigo imagens dele ao lado da esposa de Edison na cama do casal, o que teria levado o empresário a cometer o assassinato. Nas fotos, Cristiana dorme enquanto o jogador faz caretas.

Antes de ser preso, Edison chegou a ligar para a família e amigos de Daniel para prestar solidariedade. Allana também trocou mensagens com uma parente de Daniel afirmando que não houve briga na casa da família e que o jogador foi embora sozinho na noite do assassinato.

Daniel teve passagem apagada pelo Coritiba em 2017, prejudicada por lesões. Natural da cidade de Juiz de Fora (MG), teve também passagens por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, Ponte Preta e estava atualmente no São Bento de Sorocaba (SP). O corpo do jogador foi enterrado no dia 31 de outubro na cidade de Conselheiro Lafaiete, também em Minas Gerais.

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