A alta da UTI do advogado Guilherme Kowalsqui Lima, de 35 anos, é um alento para quem está internado com Covid-19. O paciente passou 101 dias na UTI do Hospital Marcelino Champagnat, de onde foi transferido para a enfermaria da instituição na manhã dessa sexta-feira (6). A evolução do quadro clínico após mais de três meses de tratamento intensivo foi comemorada pela família, médicos e enfermeiros. Em homenagem, a família fez uma serenata na frente do hospital e soltou 101 balões em referência ao período que Guilherme ficou na UTI.
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“Cada balão tem uma mensagem de apoio, contando a história do Guilherme, para festejar essa vitória, mas também para que as pessoas que leiam se inspirem”, comemora a esposa do paciente, Jaqueline Kowalsqui Lima. Guilherme tem duas filhas – a mais nova aprendeu a andar enquanto ele estava internado. “Hoje é o dia mais feliz da minha vida”, emociona-se a esposa.
Guilherme foi parar na UTI já na primeira semana de internamento. O médico Jarbas Motta Silva, que tratou do advogado na unidade de terapia intensiva, explica que o paciente chegou com o pior quadro possível de Covid-19, com trombose pulmonar que comprometia a maior parte dos pulmões. Além disso, Guilherme é hipertenso e diabético. “Com esse quadro, ele teve de ser sedado e imobilizado. Como ele ficou muito tempo nessa situação, perdeu muita musculatura, principalmente torácica, o que prolongou a permanência na UTI”, explica ao médico.
Durante a internação, Guilherme ainda teve de passar por cirurgias. A previsão é de que o advogado fique ainda mais duas ou três semanas no leito de enfermaria do hospital. De acordo com o médico, Guilherme está estável, já em fase de recuperação. Mesmo assim, o quadro ainda exige cuidados da enfermaria, além de tratamentos com fisioterapia e fonoaudiologia.
Para apoiar Guilherme na recuperação, a família montou um mural de fotos na frente do leito. “Em todo esse processo de recuperação do Guilherme, a família foi muito importante, superpaticipativa. A gente fez várias videochamadas entre a família junto com a psicóloga para dar esse apoio emocional e isso foi fundamental na recuperação”, elogia o doutor Jarbas. “Esse apoio da família mostrou pro paciente que ele era aguardado em casa e deu uma força de vontade enorme para ele”, conclui o médico.
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