Ainda sem atingir a meta de vacinados contra a gripe, a partir desta segunda, dia 25 de junho, o estoque restante de todas as unidades básicas de saúde do Paraná será liberado para o público em geral. Até sexta, apenas pessoas que faziam parte dos grupos prioritários do Ministério da Saúde tinham direito às doses na rede pública.
O estado também seguiu orientação do Ministério da Saúde e estendeu a campanha de imunização até a última sexta-feira (22) apenas para os grupos prioritários. A decisão tinha sido tomada em uma reunião entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná (Cosem-PR) no dia 15 de junho.
Em Curitiba, a prefeitura já havia anunciado a prorrogação da campanha. A administração municipal seguiu as deliberações do encontro estadual e, a partir do dia 25, vai oferecer o estoque que sobrar para qualquer pessoa que tenha interesse em se imunizar.
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De acordo com o secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Nardi, “enquanto tiverem doses de vacina disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do estado, o público que quiser pode receber”, comunicou o secretário.
A orientação de estender o prazo de cobertura vacinal em todos os estados veio de um alerta do Ministério da Saúde – que encara baixa procura pela vacina enquanto o número de casos de gripe já disparou em comparação com o ano passado. Último boletim de influenza da pasta aponta que, até 9 de junho, foram registrados 2.715 casos em todo o país, com 446 óbitos. No mesmo período de 2017, foram 1.227 casos e 204 óbitos por complicações relacionadas à gripe.
Em Curitiba, o número de mortos já chega a quatro, sendo que, até a mesma data do ano passado, apenas uma pessoa havia morrido por causa de complicações da gripe.
Segundo último levantamento do Ministério, 11,8 milhões de pessoas ainda precisam se vacinar contra a gripe. Desde o início da campanha, em 23 de abril, 77,6% da população prioritária buscaram os postos de saúde. A meta é vacinar contra a gripe 54,4 milhões de pessoas.
Circulação mais cedo
O aumento no número de atendimentos, casos confirmados e óbitos em Curitiba não é isolado. Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da prefeitura, Alcides Souto de Oliveira, cenário parecido tem se delineado em muitas regiões do país, seguindo o que já ocorreu no inverno do Hemisfério Norte e cumprindo a previsão do que os especialistas chamam de onda epidemiológica. “Mesmo com a vacina e medidas de controle, o vírus tem seu ciclo dessa forma, subir e descer”, explica o diretor, acrescentando que a tendência para este ano é de mais casos já que os vírus começaram a circular antecipadamente. “Em 2018, o vírus da influenza antecipou a circulação no Brasil e não só em Curitiba. Isso aumentou o numero de atendimentos por doenças respiratórias e infelizmente mais pessoas morrem”.
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