Depois que os taxistas paralisaram as atividades em protesto contra o Uber e o Cabify - e também pararam o trânsito na Av. Cândido de Abreu em frente à prefeitura de Curitiba - terça-feira (24), a prefeitura lançou campanha para incentivar o uso dos táxis. Ainda na terça, peças da campanha com dizeres como “Perdeu o ônibus? Vá de táxi. Rápido, seguro, fácil e na hora que você precisa” ou ainda “Tomou uma béra? Vá de Táxi [...] ” começaram a ser colocadas em 700 pontos de mobiliário urbano próximos aos pontos de táxi da capital.
De acordo com a Urbs, empresa municipal que gerencia o transporte público, a campanha foi uma das reivindicações apresentadas pelos taxistas à prefeitura desde o início do ano e reforçada no protesto de terça-feira. Elas começaram a ser atendidas com as mudanças no serviço anunciadas pela prefeitura semana passada. A campanha publicitária para estimular o uso de táxi deve durar um mês.
Embora saibam que a campanha não deve coibir o uso dos aplicativos de transporte individual de passageiros, a ação é celebrada pelos taxistas. “A campanha é muito bem-vinda. Muito usuários dos aplicativos não sabem que eles não são regulamentados no nosso município e que correm o risco de solicitar um transporte desses e ficar na rua, por exemplo, por causa de uma blitz ou fiscalização”, diz o presidente da Radiotáxi Capital e gestor da Mega Central, Alexandre Souza.
Ainda assim, a campanha é vista pela categoria como um dever da prefeitura. “A prefeitura tem por obrigação de defender o serviço que regula, como o transporte coletivo legalizado, o transporte individual de passageiros legalizado e assim por diante. Como é um serviço prestado para a população e autorizado pela prefeitura, é importante que o município se posicione mesmo”, diz o presidente da União dos Taxistas de Curitiba, Eduardo Fernandes.
Já o presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná, Abimael Mardegan, se baseia na lógica dos impostos para explicar essa obrigação: “Nós pagamos taxas para a Urbs, nada mais justo que eles pelo menos devolvam algo para nós”.
Posicionamento incisivo e mais ações
A categoria acredita ainda que a campanha poderia ser mais incisiva quanto ao uso de aplicativos para transporte individual de passageiros. “Seria importante que a prefeitura alertasse a população que os aplicativos não são regulamentados”, diz o presidente da União dos Taxistas de Curitiba. Para Fernandes, porém, a ideia não é que o município seja contra os aplicativos, mas que as pessoas sejam alertadas que há um risco envolvido em optar por estes transportes.
Conforme os representantes dos taxistas, haverá ainda cobrança para que a prefeitura promova mais ações , com o envolvimento de outras mídias para que a campanha seja mais abrangente. “Pediremos também que usem as páginas da prefeitura de Facebook e também a parte de trás dos ônibus para a campanha”, diz Alexandre Souza.
A Urbs informou que novas ações e campanhas serão avaliadas.
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