Pescadores de Matinhos registraram na manhã desta quarta-feira (24) um novo recorde na captura da tainha, com a pesca de toneladas da espécie em cinco canoas. Foi o maior registro da temporada, marcada por um fenômeno não muito comum.
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Até então, o recorde era de 4 toneladas, atingido na semana passada. Segundo os pescadores, levando em conta que o précio médio do quilo da tainha é de R$ 13, o lucro do grupo pode ultrapassar os R$ 100 mil.
As saídas lucrativas dos pescadores - que geralmente pescam grandes quantidades, mas divididas em maior número de pescas -, encontram explicação na configuração do inverno deste ano. A influência de um El Niño fraco tardou a chegada das ondas de frio e, consequentemente, as tainhas demoraram para aparecer nas praias do PR e de Santa Catarina.
“Quando ocorre o resfriamento das águas, a produtividade da região do Rio da Prata [onde desembocam os rios Paraná e Uruguai] é levada mais ao norte, o que traz as tainhas para a nossa região. Como o frio, que costuma chegar em maio, só chegou em julho, isto atrasou a pesca da espécie” explica Camila Domit, pesquisadora do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federa do Paraná.
No inverno
A atividade da pesca da tainha é típica do inverno porque nessa época do ano a espécie sai das regiões mais ao Sul, como a costa do Uruguai, e sobe para águas mais quentes, nos litorais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, para se reproduzir. O deslocamento é feito através de correntes e massas de água frias.
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