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Operação Duas-Caras investiga crime em poupanças da Caixa | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Operação Duas-Caras investiga crime em poupanças da Caixa| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Uma nova etapa operação Duas-Caras, montada para desarticular grupo especializado em “zerar” contas-poupança de clientes da Caixa Econômica Federal,leva a Polícia Federal para as ruas na manhã desta quarta-feira (11) em Curitiba e nos municípios metropolitanos de São José dos Pinhais e Colombo.

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Segundo a PF, os trabalhos são para cumprir nove mandados judiciais expedidos pela Justiça a pedido da polícia, que identificou novos fatos e novos suspeitos de envolvimento no crime.

Dos nove mandados, quatro são de busca e apreensão, um de prisão preventiva, dois de prisão temporária e dois de condução coercitiva.

A operação Duas Caras, que teve a primeira etapa deflagrada no dia 15 de setembro, revelou um esquema complexo com o qual uma quadrilha conseguiu desviar R$1,2 milhão de reais de 70 clientes da Caixa. Entre as vítimas estava um jogador do Atlético Paranaense.

O esquema

De acordo com a PF, os saques eram a parte final do “grande esquema criminoso” liderado por um estelionatário “famoso” de Curitiba. Entre os envolvidos está ainda um funcionário do banco que trabalhou até agosto em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e depois foi transferido para João Pessoa. Também faziam parte do esquema um funcionário dos Correios e um funcionário de cartório - que ajudava na falsificação de assinaturas.

O funcionário da Caixa suspeito de integrar a quadrilha pesquisava e identificava contas poupança de clientes do banco com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas, repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso investigado.

Com os dados dos clientes em mãos, o líder do grupo solicitava a elaboração de documentos falsos, complementando os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que geralmente possuíam acesso facilitado a banco de dados por causa de suas profissões.

Os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a “falsa” perda do cartão bancário. Assim um novo cartão era enviado e retirado em centros de distribuição dos Correios com uso de documentos falsos. Daí, iniciava-se a série de saques nos caixas eletrônicos, compras na modalidade débito e saques e transferências na boca do caixa, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto.

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