Três funcionários dos Correios, sendo dois de carreira, foram presos nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal de Curitiba dentro do Centro de Encomendas Internacionais dos Correios em Pinhais, na região metropolitana, por desvio de encomendas internacionais. A quadrilha agia há pelo menos um ano e se apropriava de objetos postais pequenos, como joias, relógios, selos e dinheiro internacional, embora focassem mesmo em desvios de drogas sintéticas enviadas ilegalmente de outros países para o Brasil.
Além dos três presos nessa manhã, outros três terceirizados serão indiciados pela PF por integrarem o esquema. Fora os três mandados de prisão, foram compridos também quatro mandados de busca, sendo três nas casas dos detidos e um no Centro, na região metropolitana, onde todos trabalhavam .
De acordo com a investigação, os suspeitos rompiam as embalagens das encomendas internacionais para se apropriarem dos conteúdos. No caso das drogas, o apontado como o líder do bando já tinha passado por treinamento de raio-x e conseguia identificar o conteúdo cheirando os pacotes.
“Ele [o líder] cheirava a encomenda para saber se tinha droga”, detalha o policial. “O líder do grupo possuía treinamento de raio-x e era, antigamente, o responsável por encontrar as drogas. Só que eles saíram e foram trabalhar nesse setor de triagem justamente fazendo o caminho inverso, pegando as drogas pra ele mesmo”.
Conforme a PF, a quadrilha agia há pelo meno s um ano, sendo que, nesse período, envelopes violados foram encontrados também em outros centros de distribuição dos Correios. Contudo, somente as investigações é que vão dizer se havia práticas semelhantes em outras unidades da região.
“A investigação começou há uma semana e durante essa semana todos os dias ocorreram rompimentos, violações e apropriações de objeto. Inclusive um passando para o outro dentro da unidade, colocando no bolso e saindo no local”, comentou ainda o delegado.
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A PF ainda não conseguiu contabilizou o prejuízo causado pelo grupo. Além deste cálculo, a polícia prossegue a investigação para saber qual era o destino destas encomendas desviadas. Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de associação criminosa e peculato, cujas penas podem chegar até 12 anos de prisão
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