A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (30), mandados contra membros de duas quadrilhas especializadas em provocar explosões em bancos do Paraná e de São Paulo. Segundo a polícia, os grupos usavam reféns como escudo humano e arsenal de guerra — cada vez mais comum em crimes deste tipo. Há indícios de que, em um ano e meio, os bandos tenham assaltado vinte agências, a maioria no interior paranaense.
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Batizada de Miguelito — por causa dos pregos retorcidos e espalhados pelas quadrilhas na tentativa de evitar aproximação da polícia —, a operação conta com 100 policiais federais que cumprem 35 mandados judiciais, sendo dez mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, dois de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. As ações acontecem em Curitiba, Londrina, Cambé e Arapongas. Em São Paulo, há agentes da PF nas ruas de Sandovalina e Euclides da Cunha Paulista. No Mato Grosso do Sul, os alvos estão em Nova Andradina. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Maringá.
Modus operandi
Conforme a polícia, durante suas investidas, os criminosos usavam armas de grosso calibre, principalmente fuzis, e faziam vários disparos para criar um clima de terror na população de pequenas cidades.
Além disso, para impedir a aproximação da polícia, as quadrilhas também disparavam contra destacamentos. Em alguns dos roubos, houve a utilização de reféns como escudos humanos durante os confrontos ou durante as fugas.
Em um desses confrontos, em abril deste ano, seis criminosos morreram em Alvorada do Sul, no Norte do Paraná, depois de uma explosão. Eles foram interceptados durante fuga pelo rio Paranapanema e reagiram à abordagem. Nesta ocasião, foram apreendidos fuzis, pistolas, coletes balísticos, explosivos e valores subtraídos das agências atacadas.
Ainda de acordo com a PF, a operação desta quinta é voltada, principalmente, para tirar de circulação os demais integrantes dessa organização, que chegava a fazer duas explosões em um dia, e também desarticular outra quadrilha com base em Curitiba, mas que agia no interior do estado, responsável por ataques nas cidades de Marialva e Mandaguaçu.
As investigações e a deflagração desta manhã ocorreram com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná (Sesp).
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