Pichação pede morte de ciclistas em Curitiba; ativistas reagem

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Uma pichação feita na esquina das ruas Baltazar Carrasco dos Reis e Francisco Nunes, no bairro Rebouças, em Curitiba, pede a morte de ciclistas. Rabiscado no asfalto, o “desenho’ trazia a frase “Atropéle [sic] um ciclista e avance uma casa”. A frase gerou revolta entre os cicloativistas de Curitiba a ponto de fazer com que a manifestação já agendada tivesse o percursos alterado. Vai sair da Praça de Bolso do Ciclista, na esquina das ruas São Francisco e Presidente Faria, no Centro, às 18h30 desta sexta (27), e passará pelo local.

A Baltazar Carrasco dos Reis faz parte de uma das ciclorrotas de Curitiba, a Portão-PUC. A ideia das ciclorrotas, segundo a prefeitura, é “legitimar o direito de circulação das bicicletas... predominará o compartilhamento de vias entre ciclistas e motoristas”.

A Bicicletada Nacional, programada para diversas cidades do Brasil nesta sexta-feira (27), ganhou novos contornos em Curitiba após a ação bairro Rebouças. O coordenador da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu, Fernando Rosenbaum, a ação dos vândalos na esquina do bairro Rebouças ressalta a dificuldade de convivência entre ciclistas e motoristas no trânsito curitibano. “Sem dúvida mostra a falta de respeito e de apreço”. O coordenador conta que a reação dos ciclistas à pichação será fazer uma repintura da rota. “Vai ser feito uma pintura do local onde passa. Precisa ser feita uma manutenção então os ciclistas vão lá fazer o serviço”.

Ele destaca a falta de segurança e de educação que os ciclistas sentem no cotidiano do trânsito da cidade, a despeito do uso da ciclorrota. “Estamos fazendo uma pesquisa nacional com os ciclistas e o que percebemos até agora é a insegurança que as pessoas sentem nas ruas. Não há respeito pelo ciclista no trânsito”, comentou.

A Bicicletada Nacional, como está sendo chamado o protesto desta sexta-feira, é uma homenagem a Raul Aragão, cicloativista da ONG Rodas da Paz, morto em um atropelamento em Brasília no último domingo (22).